terça-feira, 4 de julho de 2023

IGUATU - Homem acusado de matar policial militar é condenado a 21 anos de prisão

Juiz concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade

O réu Temóteo Sudário da Silva foi condenado pelo Tribunal do Júri de Iguatu pelo homicídio qualificado, por motivo torpe e emboscada, do policial militar Nilton Moreira Lima. A pena fixada foi de 21 anos de reclusão.
Após aguardar por tantos anos, finalmente a família testemunhou uma resposta da justiça diante do crime bárbaro cometido em 14 de abril de 2002. Durante o julgamento, o advogado Paulo Quezado manifestou o interesse de apelar da decisão.
Além disso, o juiz concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade, estabelecendo medidas cautelares. A família celebra essa etapa vencida, porém afirmou que continuará lutando em memória do policial militar.
Temóteo Sudário da Silva chegou ao Fórum de Iguatu acompanhado de seus advogados por volta das 8 horas da manhã, enfrentando o julgamento que ocorreu 21 anos após o assassinato do policial militar Nilton Moreira Lima. No momento de sua chegada, foi recebido com protestos por parentes da vítima.
No início do julgamento, Temóteo confessou ter matado o policial militar, alegando legítima defesa. Por outro lado, vítima e acusado teriam discutido horas antes em uma festa próxima ao local do crime.
No entanto, o promotor responsável pela acusação refutou a versão apresentada pelo réu. Durante o julgamento, foram apresentados depoimentos de testemunhas e o laudo cadavérico, que contrariavam a hipótese de legítima defesa.
O crime ocorreu no centro de Iguatu, onde, conforme o processo, o policial estava em uma motocicleta quando foi alvo de uma emboscada. Após disparar três tiros com sua própria arma, Temóteo pegou o revólver de Nilton e efetuou mais um disparo enquanto a vítima estava de joelhos.
Conforme o advogado assistente de acusação, o crime foi premeditado e a vítima não teve chance de reagir. Portanto, segundo Helmo Meneses, a tese apresentada pelo acusado não se sustentava.
Após seis horas de julgamento, os sete jurados, compreendendo cinco homens e duas mulheres, decidiram pela condenação de Temóteo a 21 anos de reclusão por homicídio qualificado, por motivo torpe e emboscada.

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