quinta-feira, 6 de julho de 2023

STJ decide manter prisão de PM condenado por Chacina do Curió

Pedido de habeas corpus do agente exonerado já havia sido negado pelo TJCE

Agente exonerado foi condenado a 275 anos e 11 meses de detenção pelos 11 homicídios

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nessa quarta-feira (5), manter a prisão do policial militar Ideraldo Amâncio, condenado pela Chacina do Curió, onde 11 pessoas foram assassinadas, em Fortaleza, em 2015. O pedido de habeas corpus do agente exonerado já havia sido negado pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) na semana passada.
Condenado a 275 anos e 11 meses de detenção, em junho deste ano, conforme pena estabelecida pelo tribunal do júri devido à participação nos homicídios, foi negada ao réu a possibilidade de recorrer da decisão em liberdade. No habeas corpus, a defesa argumentou que a decretação da prisão não foi amparada em justificativa concreta e que a liberdade do PM, pelo menos até o trânsito em julgado da ação penal, não apresentaria riscos para a sociedade.
No entanto, o vice-presidente do STJ, ministro Fernandes, analisou, liminarmente, que não houve ilegalidade na condenação e decidiu manter a prisão. O caso ainda será analisado definitivamente no mérito.
Conforme o magistrado, nos termos da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal (STF), não é cabível habeas corpus contra decisão do relator que, na instância anterior, indeferiu o pedido de liminar — como aconteceu nesse caso. 

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