Comum nos meses de férias escolares e de ventos mais fortes no Ceará, o uso de linhas cortantes nas brincadeiras com pipas é causa de acidentes graves
Usar
cerol, linha chilena ou outros
materiais cortantes para empinar pipas e papagaios é prática proibida no Ceará.
E pode terminar em tragédia. As lesões pelo contato com esta linha resultam em
cortes profundos, amputações e até na morte das pessoas atingidas.
Em Fortaleza, um motociclista morreu após ter o pescoço cortado por linha com
cerol na tarde deste último domingo (9). O
vigilante Wellington de Santos de Castro, de 37 anos, foi atingido enquanto
trafegava no Bairro Messejana.
Ele levava uma passageira em corrida por aplicativo. Após o acidente, ele
recebeu os primeiros socorros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dentro
da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Os acidentes afetam pedestres, ciclistas e motociclistas. Por circular em maior
velocidade e pela dificuldade em enxergar as linhas, os mais atingidos são os
motociclistas.
Os episódios costumam ser mais graves nos meses de férias escolares, como em
janeiro e julho, e de maior velocidade dos ventos no Ceará, a partir de agosto
e setembro. São tempos em que crianças, jovens e adultos gostam de empinar
pipas ou “soltar raia”, como dizem
os cearenses.
O que fazer depois
do acidente
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A primeira orientação em caso de acidente com linhas cortantes é chamar o Corpo
de Bombeiros pelo número 193.
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O segundo passo é tentar conter a hemorragia com uma compressão no local, que
pode ser improvisada com as roupas da própria vítima, por exemplo. Caso haja
condições, preferir utilizar panos limpos para fazer esta compressão.
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Caso os ferimentos sejam no braço ou na perna, levantar o membro pode ajudar.
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Em caso de ferimentos no pescoço, a vítima deve tentar ficar imóvel para evitar
perda de sangue. Se o barbante ainda estiver preso no corpo, a orientação é não
tentar remover para evitar mais ferimentos.
Como prevenir os
acidentes
O uso do cerol, da
linha chilena ou de outros materiais cortantes nas linhas de pipas e outros
artefatos é proibido no Ceará pela lei estadual número 17.226, publicada no dia
12 de junho de 2020.
A legislação proíbe a fabricação artesanal, a comercialização e o depósito de
linhas cortantes para uso em atividades recreativas ou com finalidade publicitária.
E prevê a apreensão dos materiais de quem descumprir a lei.
A população pode denunciar a prática para a Polícia Militar por meio do número
190.
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