Policial militar foi condenado a 275 anos e 11 meses de
reclusão por participação na Chacina do Curió
Crime ocorreu em novembro de 2015
Julgamento dos réus da Chacina do Curió, que deixou 11
pessoas mortas na madrugada do dia 12 de novembro de 2015
A Justiça do Ceará
pediu a extradição do policial militar condenado pela chacina da Grande
Messejana, caso que ficou conhecido como Chacina do Curió, Antonio José de Abreu Vidal Filho, que mora nos Estados Unidos. Os
quatro primeiros réus, todos policiais militares, foram considerados pelo
tribunal do júri culpados por 11 homicídios, além de tentativas de homicídio e torturas.
O ofício, expedido pela 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, nesta
segunda-feira, 14, comunica ao Ministério da Justiça sobre o início dos
trâmites internacionais junto ao Ministério das Relações Exteriores e de
cumprimento dos acordos de cooperação internacional para a extradição do PM.
Na tarde desta segunda, a Interpol informou oficialmente à 1ª Vara do Júri da
Capital, por meio da diretoria de cooperação internacional da Polícia Federal,
a prisão dele.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), serão realizadas duas
novas sessões de júri, que começam nos próximos dias 29 de agosto e 12 de
setembro. Em cada uma delas, oito acusados serão julgados pelo Conselho de
Sentença (jurados) da 1ª Vara do Júri de Fortaleza.
“Comunicamos a prisão do réu Antônio
José de Abreu Vidal Filho, realizada pelas autoridades policiais norte-americanas,
as quais irão submetê-lo a processo de deportação. Assim, destacamos que em
casos anteriores e análogos, sem pedido de extradição em trâmite, os EUA têm
deportado os foragidos para seus respectivos países de nacionalidade”.
Tempo de prisão de condenados pela Chacina do Curió
Wellington, Ideraldo,
Marcus e Antônio José receberam 11 condenações de 19 anos e três meses de
prisão, cada uma por um assassinato: quase 212 anos, cada. Eles ainda receberam
penas pelas tentativas de homicídio e por torturas.
Ao todo, Wellington foi condenado a 275 anos e 11 meses de prisão. Teve ainda a
prisão provisória decretada e perdeu o cargo de policial militar. Ideraldo
recebeu as mesmas penas. Assim como Marcus Vinícius e António José. Ao todo,
somado, eles foram apenados em 1.103 anos e 8 meses de prisão.
Como Antônio José encontra-se fora do
Brasil — ele mora nos Estados Unidos —, a Justiça decidiu emitir um alerta
vermelho, enviado à Interpol, para a prisão dele.
Ressalte-se que o tempo máximo de cumprimento das penas privativas de
liberdade no Brasil é de 40 anos.
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