segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Chacina do Curió - PM condenado é preso nos EUA > Justiça do Ceará pede extradição

Policial militar foi condenado a 275 anos e 11 meses de reclusão por participação na Chacina do Curió

Crime ocorreu em novembro de 2015

Julgamento dos réus da Chacina do Curió, que deixou 11 pessoas mortas na madrugada do dia 12 de novembro de 2015

A Justiça do Ceará pediu a extradição do policial militar condenado pela chacina da Grande Messejana, caso que ficou conhecido como Chacina do Curió, Antonio José de Abreu Vidal Filho, que mora nos Estados Unidos. Os quatro primeiros réus, todos policiais militares, foram considerados pelo tribunal do júri culpados por 11 homicídios, além de tentativas de homicídio e torturas.
O ofício, expedido pela 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, nesta segunda-feira, 14, comunica ao Ministério da Justiça sobre o início dos trâmites internacionais junto ao Ministério das Relações Exteriores e de cumprimento dos acordos de cooperação internacional para a extradição do PM.
Na tarde desta segunda, a Interpol informou oficialmente à 1ª Vara do Júri da Capital, por meio da diretoria de cooperação internacional da Polícia Federal, a prisão dele.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), serão realizadas duas novas sessões de júri, que começam nos próximos dias 29 de agosto e 12 de setembro. Em cada uma delas, oito acusados serão julgados pelo Conselho de Sentença (jurados) da 1ª Vara do Júri de Fortaleza.
“Comunicamos a prisão do réu Antônio José de Abreu Vidal Filho, realizada pelas autoridades policiais norte-americanas, as quais irão submetê-lo a processo de deportação. Assim, destacamos que em casos anteriores e análogos, sem pedido de extradição em trâmite, os EUA têm deportado os foragidos para seus respectivos países de nacionalidade”. 

Tempo de prisão de condenados pela Chacina do Curió

Wellington, Ideraldo, Marcus e Antônio José receberam 11 condenações de 19 anos e três meses de prisão, cada uma por um assassinato: quase 212 anos, cada. Eles ainda receberam penas pelas tentativas de homicídio e por torturas.
Ao todo, Wellington foi condenado a 275 anos e 11 meses de prisão. Teve ainda a prisão provisória decretada e perdeu o cargo de policial militar. Ideraldo recebeu as mesmas penas. Assim como Marcus Vinícius e António José. Ao todo, somado, eles foram apenados em 1.103 anos e 8 meses de prisão.
Como Antônio José encontra-se fora do Brasil — ele mora nos Estados Unidos —, a Justiça decidiu emitir um alerta vermelho, enviado à Interpol, para a prisão dele.
Ressalte-se que o tempo máximo de cumprimento das penas privativas de liberdade no Brasil é de 40 anos.  

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