quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Conselho de Disciplina mantém demissão de PM acusado de tentativa de feminicídio e de matar prefeito

A demissão ocorreu em um processo administrativo em razão da conduta do policial de tentar matar a própria companheira, em Barbalha

O militar ingressou com um recurso, que foi indeferido pelo Conselho de Disciplina e Correição, formado na CGD

Um Conselho de Disciplina e Correição, formado na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), manteve a demissão do policial militar Mayron Myrray Bezerra Aranha, que responde a pelo menos três casos na esfera criminal: tentativa de feminicídio, assassinato do prefeito de Granjeiro e participação no motim de 2020.
A demissão ocorreu em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), em decisão proferida em setembro de 2022, em razão da conduta do cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) na tentativa de matar a própria companheira, em maio de 2020. O militar ingressou com um recurso, que foi indeferido pelo Conselho de Disciplina, conforme portaria do Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (1º).
No período que aguardou o recurso, o PM recebeu R$ 45 mil do Estado do Ceará.
Mayron Myrray é acusado de tentar matar a própria companheira em Barbalha, no Cariri, no dia 8 de maio de 2020. O casal estava em uma chácara, quando a mulher teria se recusado a ter relações sexuais com o PM, o que o motivou a atirar no braço dela.
A vítima correu para uma via pública para pedir ajuda e foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a levou para o hospital, onde passou por cirurgia. O processo por tentativa de feminicídio tramita sob sigilo de justiça, na esfera criminal.

MORTE DE PREFEITO DE GRANJEIRO - Mayron Myrray Bezerra Aranha é réu, em outro processo, pelo assassinato do então prefeito de Granjeiro João Gregório Neto, o 'João do Povo', ocorrido no dia 24 de dezembro de 2019. Conforme as investigações, o PM foi o coordenador da ação criminosa, que contou com pistoleiros e chocou o Estado, na véspera da celebração do Natal.
O policial demitido ainda responde a uma ação penal na Justiça do Ceará por participação no motim dos militares, em fevereiro de 2020.

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