A demissão ocorreu em um processo administrativo em razão da
conduta do policial de tentar matar a própria companheira, em Barbalha
O militar ingressou com um recurso, que foi indeferido pelo
Conselho de Disciplina e Correição, formado na CGD
Um Conselho de
Disciplina e Correição, formado na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos
de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), manteve a demissão do
policial militar Mayron Myrray Bezerra
Aranha, que responde a pelo menos três casos na esfera criminal: tentativa de feminicídio, assassinato do
prefeito de Granjeiro e participação no motim de 2020.
A demissão ocorreu em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), em decisão
proferida em setembro de 2022, em razão da conduta do cabo da Polícia Militar
do Ceará (PMCE) na tentativa de matar a própria companheira, em maio de 2020. O
militar ingressou com um recurso, que foi indeferido pelo Conselho de
Disciplina, conforme portaria do Diário Oficial do Estado (DOE) da última
terça-feira (1º).
No período que aguardou o recurso, o PM recebeu R$ 45 mil do Estado do Ceará.
Mayron Myrray é acusado de tentar matar a própria companheira em Barbalha, no
Cariri, no dia 8 de maio de 2020. O casal estava em uma chácara, quando a
mulher teria se recusado a ter relações sexuais com o PM, o que o motivou a
atirar no braço dela.
A vítima correu para uma via pública para pedir ajuda e foi socorrida por uma
equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a levou para o
hospital, onde passou por cirurgia. O processo por tentativa de feminicídio
tramita sob sigilo de justiça, na esfera criminal.
MORTE DE PREFEITO DE GRANJEIRO - Mayron Myrray Bezerra Aranha é réu, em outro processo, pelo assassinato
do então prefeito de Granjeiro João Gregório Neto, o 'João do Povo', ocorrido
no dia 24 de dezembro de 2019. Conforme as investigações, o PM foi o
coordenador da ação criminosa, que contou com pistoleiros e chocou o Estado, na
véspera da celebração do Natal.
O policial demitido ainda responde a uma ação penal na Justiça do Ceará por
participação no motim dos militares, em fevereiro de 2020.
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