Condenado a mais de 275 anos de prisão, Abreu Vidal morava nos Estados Unidos desde 2019
O nome de Abreu Filho, condenado por participação na chacina
do Curió, foi incluído na lista da Difusão Vermelha da Interpol
O ex-policial militar Antônio José de Abreu Vidal Filho, condenado por participação na Chacina do Curió, foi preso nos Estados
Unidos. O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) expediu ofício na segunda-feira
(14) comunicando o início dos trâmites para extradição do condenado.
A Interpol comunicou a prisão oficialmente na segunda por meio da diretoria de
cooperação internacional da Polícia Federal. Condenado a 275 anos e 11 meses de prisão, Antônio morava nos EUA desde
2019.
O ex-PM depôs no Tribunal do Júri, que ocorreu no Fórum Clóvis Beviláqua, em
Fortaleza, por videoconferência e negou participação nos crimes. O nome do
agente foi incluído na lista de procurados da Interpol poucos dias após a
condenação.
Os PMs Ideraldo Amâncio, Marcus Vinícius
Sousa da Costa e Wellington Veras Chagas, também condenados a 275 anos e 11
meses de reclusão, foram presos após a divulgação da sentença judiciária e
recolhidos ao Presídio Militar, em Fortaleza.
Antônio responde a um processo de deserção da Polícia Militar do Ceará (PMCE),
na Justiça Estadual, em razão de não voltar ao trabalho depois de 6 meses de
falta.
CHACINA DO CURIÓ - Os primeiros quatro
policiais militares réus pela Chacina do Curió, que deixou 11 mortos, foram
condenados em 24 de junho, após seis dias de julgamento. No total, as penas
foram de mais de 1.100 anos.
Os militares acabaram condenados por 11 homicídios qualificados, três
tentativas de homicídios qualificados e quatro crimes de tortura, sendo três
torturas físicas e uma psicológica.
Duas novas sessões de júri devem ser realizadas pelo TJCE, que começam nos
próximos dias 29 de agosto e 12 de setembro. Em cada uma delas, oito acusados
serão julgados pelo Conselho de Sentença (jurados) da 1ª Vara do Júri de
Fortaleza.
Onze pessoas, entre 16 e 37 anos, foram assassinadas entre os dias 11 e 12 de
novembro de 2015. Os quatro PMs já julgados também foram condenados pela
tortura de quatro vítimas e tentativa de homicídio de outras três.
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