Com o crescimento da micro e minigeração distribuída, ministério verificou que a medida pode reduzir o consumo no início da noite
Torres de transmissão em Campo dos Goytacazes (RJ)
O governo federal ainda
avalia a possibilidade de retorno do horário de verão, encerrado em 2019. O MME
(Ministério de Minas e Energia) afirmou que tem conduzido análises sobre a
pertinência ou não da adoção da medida a partir deste ano.
"Com o relevante crescimento da micro e minigeração distribuída,
percebeu-se um retorno do período de ponta para a noite, que tenderia a se
reduzir com a adoção da política", afirmou o ministério em nota.
Mas outros efeitos precisam ser considerados, segundo a pasta, como o aumento
de consumo em determinados horários do dia e as condições energéticas do
Sistema Interligado Nacional.
Após a eleição do ano passado, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a fazer uma enquete pelas redes
sociais sobre a volta do horário de verão, e a maioria das pessoas que
participaram era a favor.
Mudança de hábito - A mudança de horário
ocorria entre os meses de outubro e fevereiro, quando os relógios eram
adiantados em uma hora pelo horário de Brasília, para aproveitar o maior
período de luz natural durante a época mais quente do ano e reduzir o consumo
de energia elétrica no horário de pico.
No entanto, como nos últimos anos houve mudanças no hábito de consumo de
energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o
período da tarde, o horário de verão deixou de produzir os resultados para os
quais essa política pública havia sido formulada e foi suspenso.
Ao assumir o governo, o ex-presidente Michel Temer já estudava suspender a
medida, mas foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019, que acabou com o
adiantamento dos relógios, com o argumento de que o setor elétrico não tinha
mais resultados com a mudança devido ao novo padrão de consumo de energia e os
avanços tecnológicos.
Quando foi criado - O horário de verão foi
instituído no Brasil em 1931 pelo então presidente Getúlio Vargas e adotado em
caráter permanente a partir de 2008. Em 2019, no entanto, deixou de ser
utilizado.
O primeiro país a adotar o horário de verão foi a Alemanha, em 1916.
Atualmente, mais de 30 nações usam essa tática para aproveitar melhor a luz
natural. Entretanto, mudanças nos hábitos do consumidor e o avanço da
tecnologia reduziram a relevância da economia de energia ao longo dos anos.
Esse foi o argumento usado pelo governo brasileiro para extinguir a medida.
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