Policiais civis prenderam em flagrante Paula Custódio Vasconcelos e apreenderam a filha dela, de 14 anos, pelo sequestro e assassinato de Vitória
Laudo do Instituto Médico Legal
(IML) aponta que a vítima ainda estava com vida quando teve o seu corpo
queimado e morreu por aspiração de fuligem
A professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, encontrada carbonizada na Zona
Oeste do Rio, teve um relacionamento de quatro meses com a adolescente de 14
anos suspeita de cometer o crime com a mãe, apontam investigações.
Policiais civis prenderam em flagrante Paula
Custódio Vasconcelos e apreenderam a filha dela, de 14 anos, pelo sequestro
e assassinato da professora. Vitória e a adolescente se conheceram pelo
Instagram e, após o rompimento, a professora teria bloqueado a garota nas redes
sociais.
O rompimento teria ocorrido por Vitória achar que a mãe da menina estava se
aproveitando do namoro para obter benefício financeiro, conforme disse em depoimento
um colega da professora.
A adolescente, ao ser apreendida, disse à polícia não ter envolvimento com o
crime. Ela disse que havia tomado um remédio na noite do desaparecimento de
Vitória, no último dia 10 de agosto, e quando acordou viu que a mãe não estava
em casa.
Ela disse que perguntou ao irmão, de 16 anos, para onde a mãe tinha ido. O
irmão da menina disse que a mãe havia ido até a Mercearia Rosa, local para o
qual foi identificada posteriormente uma transferência via PIX da conta
bancária da família da vítima.
Depoimentos prestados na polícia revelam que Paula apareceu na escola em que
Vitória trabalhava no dia do seu desaparecimento para dizer à professora que a
filha não havia aceitado bem o fim do relacionamento e pediu que as duas
conversassem "fora do local de
trabalho".
À polícia, um amigo da vítima disse que orientou Vitória para que encontrasse
com a mulher em um local público, "de
preferência um shopping, onde tem muitas pessoas".
Naquele mesmo dia, a professora visitou a própria mãe por volta de 21h. Depois
disso, teria ido encontrar Paula e não foi mais vista. Várias transferências
foram feitas pelo telefone de Vitória para o irmão de Paula, que ainda não foi
encontrado pela polícia.
PROFESSORA FOI QUEIMADA AINDA
VIVA - Laudo do Instituto Médico
Legal (IML) aponta que a vítima ainda estava com vida quando teve o seu corpo
queimado e morreu por aspiração de fuligem. Ferragens e tecidos encontrados no
local do crime levam a polícia a acreditar que a vítima estava numa mala quando
os criminosos atearam fogo.
A mãe de Vitória contou que o último contato com a filha foi às 5h do dia
em que foi morta, quando a vítima afirmou - com voz de choro - que tinha sido
sequestrada e não sabia informar a localização, mas que precisava que a mãe
pagasse R$ 2 mil aos criminosos.
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