Na última segunda-feira o alvará de soltura dele foi expedido e juntado aos autos
A mais recente prisão de Auricélio aconteceu em 2018
Auricélio Sousa
Freitas, o 'Celim da Babilônia', foi inocentado por um homicídio e pode ser solto a qualquer
momento. A decisão em absolver o homem apontado pelo Ministério Público do
Ceará, em diversas ocasiões, como líder de uma facção criminosa cearense, veio
do Tribunal do Júri.
‘Celim’ agora foi inocentado pela morte de Paulo Anderson da Silva, o 'Batata'.
Anteriormente, foi pronunciado pela Justiça devido ao homicídio ocorrido em
Fortaleza, em junho de 2015. Quando submetido ao julgamento, o Conselho de
Sentença decidiu por mais de três votos absolver o acusado.
Com isso, o juiz da 3ª Vara do Júri declarou o réu absolvido e ordenou que
fosse expedido o alvará de soltura, "sendo posto imediatamente em
liberdade, se por outro motivo não estiver preso".
O Ministério Público do Ceará (MPCE) ainda manifestou interesse em recorrer da
decisão e deve apresentar razões nos próximos dias. Na última segunda-feira (4)
o alvará foi expedido e juntado aos autos.
MANDANTE DO ASSASSINATO
- Conforme a
acusação, 'Celim' e Leonardo de Sousa Nascimento, o 'Fly' foram responsáveis
pela morte de Paulo Anderson. 'Fly' teria disparado três vezes contra a vítima,
em ação premeditada a mando de Auricélio de Sousa.
'Celim' foi apontado como autor do intelectual do crime, já tendo encomendado a
ação enquanto estava em um presídio. Leonardo foi julgado e condenado a 18 anos
e 10 meses de prisão, em júri popular realizado em 18 de agosto de 2021.
PARTICIPAÇÃO EM CHACINA
- No mês de abril
deste ano, a Justiça decidiu impronunciar 'Celim da Babilônia' pela Chacina das
Cajazeiras. Até então, ele era considerado como um dos mandantes do crime que
resultou em 14 mortes, no início de 2018.
Anos após o episódio, o juiz da 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza
considerou não haver provas suficientes para levar 'Celim' ao Tribunal do Júri.
A decisão não se trata de uma absolvição do réu.
OUTROS PROCESSOS - 'Celim' foi preso e solto sob
suspeita de um homicídio no ano de 2013. Em julho de 2018, novamente detido.
Ele estava em um veículo de luxo e blindado e ainda teria apresentado documento
falso para ludibriar os policiais.
Pelo uso do documento falso, Auricélio foi condenado em 2019, com pena de
dois anos e 11 meses de reclusão, em regime inicial aberto. Na época, apesar da
decisão que o tiraria de trás das grades, o líder da facção continuou recluso
na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná, pois
ainda possui dois mandados de prisão.
Ele ainda responde a outros processos na Justiça cearense, como outros
homicídios e organização criminosa. No último dia 1º, a direção da Unidade
Prisional Itaitinga II instaurou procedimento administrativo disciplinar contra
ele para apurar "possível falta disciplinar".
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