Criminoso fizeram empréstimos de até R$ 600 mil usando dados das vítimas
Empresária Cícera Marciana Cruz da Silva, conhecida como Anna
Cruz, é procurada por suspeita de aplicar golpes milionários em clientes
A proprietária e três sócios da loja Maison Móveis e
Decoração, comércio de artigos de luxo de
Juazeiro do Norte, no Ceará, seguem foragidos e estão sendo procurados pela
polícia por suspeita de aplicar golpes milionários usando os dados de clientes.
A operação contra o grupo foi deflagrada na última quarta-feira (13). Na
ocasião, a vendedora Laynnara Pereira Gonçalves Veloso foi presa por suspeita
de participar do esquema. A jovem era uma vendedora popular na cidade e acumula
mais de 15 mil seguidores em redes sociais.
Estão sendo procurados: Cícera Marciana
Cruz da Silva, conhecida como Anna Cruz, dona da loja; além de Iorlando Silva
Freitas, Irineide Bezerra Braga e Marcelo Sousa Miranda.
De acordo com a delegacia regional de Juazeiro do Norte, a polícia já conseguiu
identificar cinco vítimas, lesadas em mais de R$ 1 milhão. Porém, a estimativa
da polícia é que os golpes ultrapassem R$ 10 milhões, pois outras vítimas estão
sendo localizadas.
A defesa da loja, em nota, informou que a Maison Designer Interiores está
colaborando com a investigação e esclarecendo todos os fatos junto à Polícia
Civil, apresentando a documentação necessária para a demonstração da lisura de
suas operações.
Como funcionava o golpe
Vendedora de loja de luxo é presa suspeita de obter dados de
clientes para aplicar golpes milionários
Segundo a polícia, as
vítimas eram abordadas pela vendedora Laynnara e outras funcionárias, que
insistiam que as pessoas fizessem um cadastro, com o pretexto de oferta de
promoções para beneficiar os clientes.
Ela também argumentava que precisava de uma quantidade mínima de dados para
bater a meta mensal da empresa.
Vendedora suspeita de captar clientes para aplicar golpes é
popular em Juazeiro do Norte e acumula 15 mil seguidores nas redes sociais
Com os dados pessoais,
os empresários faziam empréstimos em nomes das pessoas que haviam feito o
cadastro.
Ainda de acordo com a polícia, eles chegaram a fazer empréstimos de R$ 600 mil,
que lesou uma pessoa que ganhava apenas um salário mínimo. O valor aprovado
para uma pessoa assalariada levou os agentes a suspeitar de que o golpe envolve
também bancários.
A Polícia Civil investiga a prática de crimes como lavagem de dinheiro,
estelionato, falsificação de documentos e formação de quadrilha.
A apuração policial identificou também clientes que eram enganados e nem
sabiam.
Suspeita entre bancários - Na nova etapa da investigação policial, os agentes tentam descobrir se
havia uma facilitação do empréstimo por parte de funcionários do banco onde o
dinheiro era obtido pelos empresários.
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