sábado, 30 de setembro de 2023

Mulher suspeita de participar dos ataques do 8 de janeiro é presa no Paraguai pela PF

Também foi instaurada a 18ª fase da Operação Lesa Pátria que cumpriu mandado de busca e apreensão contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes

A suspeita estava no Paraguai e era procurada por determinação do STF

Uma mulher foragida da Justiça Brasileira, suspeita de participação nos ataques aos prédios públicos dos Três Poderes no dia 8 de janeiro deste ano, foi presa pela Polícia Federal na noite da última sexta-feira (29). A suspeita estava no Paraguai e era procurada por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia 14 deste mês, também foi preso o cearense Wellington Macedo de Souza, 47, no Paraguai. Ele estava foragido desde janeiro, tendo sido condenado pela tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, ano passado, na véspera do Natal.
Nesta última ação da PF, foi feita uma cooperação internacional com autoridades do Paraguai. A mulher, cujo nome não foi revelado, se apresentou voluntariamente no escritório Central Nacional da Interpol em Assunção.
A foragida, então, foi entregue aos policiais federais na cidade de Foz de Iguaçu, no Paraná, seguindo o protocolo estabelecido entre os dois países.

Operação Lesa Pátria - Ainda na sexta, a PF também instaurou a 18ª fase da Operação Lesa Pátria e cumpriu mandado de busca e apreensão contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, suspeito de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro.
Militares vasculharam o endereço de Fernandes. Além disso, a ordem expedida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes permitiu o bloqueio de ativos e valores do investigado.
Ridauto foi diretor de Logística do Ministério da Saúde durante o governo Jair Bolsonaro, nomeado em janeiro de 2021 pelo atual deputado federal Eduardo Pazuello. Em meio à pandemia de covid-19, o militar defendeu medidas como ‘intervenção federal’ e de ‘Defesa ou de Sítio’.
O militar é investigado em uma das linhas da apuração da PF que visa identificar suposta atuação de militares no início das invasões às sedes dos Três Poderes. Os investigadores suspeitam que ele pode ter sido um dos idealizadores da ofensiva antidemocrática.
Permanente, a Operação Lesa Pátria apura crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

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