O prefeito foi cassado nesta quinta-feira
Bruno Figueiredo
Os mandatos do prefeito
de Pacajus, Bruno Figueiredo (PDT),
e do vice-prefeito, Francisco Fagner
(União), foram cassados, nesta quinta-feira (21), pela Câmara Municipal pela prática de nepotismo. O placar foi de
10 votos favoráveis e nenhum contrário pela cassação.
Logo após a cassação, os vereadores empossaram o presidente da Casa, vereador Tó da Guiomar (União), como prefeito
interino do município enquanto o Parlamento não realiza uma eleição indireta
para um mandato-tampão. Ao assumir a gestão, Tó da Guiomar disse que não vai
fazer mudanças "drásticas" na gestão e que funcionários serão
mantidos.
"Pacajus não vai parar, nenhuma obra vai ser paralisada, quero dizer para
os nossos funcionários, tanto efetivo como temporários, que nós não vamos fazer
mexidas drásticas, até porque a gente está interinamente. Ainda vai ter uma
eleição na Câmara com relação a isso. Quero dar segurança a vocês que o que
está acontecendo hoje vai continuar acontecendo, e o que não está vai voltar a
acontecer com qualidade".
Com a ida de Tó da Guiomar para a prefeitura, a 1º vice-presidente da Casa,
vereadora Cristina Rocha (União), assumiu a presidência do Parlamento Municipal
de forma interina.
Por meio do Instagram, Bruno Figueiredo agradeceu pelos votos que recebeu,
desejou sorte ao novo gestor, disse que vai entrar na Justiça contra a decisão.
"Estou saindo de cabeça erguida, não fiz nada de errado, fiz tudo dentro
da legalidade, tenho como provar isso e vou recorrer na Justiça até as últimas
instâncias, mas sabendo também que o processo político é cruel — não comigo,
mas com a população que vai sofrer".
Durante o pronunciamento, Figueiredo ressaltou que espera que, no próximo
pleito, "as pessoas possam entender que precisam votar em vereadores comprometidos"
com a cidade.
CASSAÇÃO - Uma Comissão Processante foi aberta
na Câmara Municipal de Pacajus para apurar denúncia de que cargos comissionados
da prefeitura estariam sendo utilizados para empregar parentes dos gestores.
Uma sobrinha e a nora do prefeito teriam sido nomeadas durante a gestão. Além
delas, duas irmãs e um irmão do vice-prefeito também foram contratados para a
Prefeitura.
Nesta quinta, os vereadores votaram o pedido de cassação por nepotismo
apresentado pela Comissão. Eram necessários, no mínimo, o voto de 2/3 da Casa,
ou seja, 10 votos, para a cassação. Durante a sessão, a defesa do prefeito e do
vice alegou que a gestão corrigiu a infração cometida ao exonerar os parentes
do cargo e, por isso, a cassação era uma medida "extrema".
Logo após a cassação, a Câmara Municipal empossou o presidente da Casa,
vereador Tó da Guiomar (União), como prefeito do município para um
mandato-tampão.
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