Outro PM acusado foi punido com 10 dias de permanência disciplinar, e um terceiro militar agora inocentado no processo administrativo
O menino de 13 anos dormia na
casa da tia quando foi assassinado
Após mais de três anos de uma das mortes devido à intervenção policial
com mais repercussão no Ceará, dois dos três policiais militares acusados foram
punidos administrativamente. Nessa quarta-feira (25), a Controladoria Geral de
Disciplina (CGD) publicou a demissão do
sargento Enemias Barros da Silva, afirmando que o PM é culpado pela morte
do menino Mizael Fernandes da Silva.
Para o soldado Luiz Antônio de Oliveira Jucá ficou decidida punição com 10
dias de permanência disciplinar. Segundo a CGD, ele não disparou contra a
vítima, mas tentou a fraude processual junto ao sargento. Já no caso do soldado
João Paulo de Assis Silva, o processo disciplinar foi arquivado, "por
insuficiência de provas para consubstanciar uma sanção disciplinar (a saber,
suposta prática de fraude processual), ressalvando a possibilidade de
reapreciação, caso surjam novos fatos".
Mizael dormia na casa de uma tia, na cidade de Chorozinho, Região
Metropolitana de Fortaleza, quando foi assassinado. Na madrugada de 1º de julho
de 2020, policiais invadiram a casa da família afirmando estarem em busca de um
traficante e dispararam contra o adolescente.
QUEM ERA O ALVO DOS PMS - O processo segue em segredo de Justiça. O real
alvo dos policiais militares na madrugada de 1º de julho de 2020 era um homem,
com alguns traços físicos semelhantes aos do garoto, e que, caso fosse entregue
morto à traficantes, seus matadores poderiam ser recompensados em até R$ 50
mil.
O alvo da intervenção policial foi ouvido pela Justiça no ano passado e
disse às autoridades que não tinha envolvimento com Mizael e sequer o conhecia.
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