Josivan Lopes Silva vai responder em regime fechado por homicídio qualificado
Suspeito de matar policial civil no Ceará é preso em São
Paulo
O homem acusado de
matar um escrivão da Polícia Civil durante um depoimento na Delegacia Regional
de Tauá, no interior do Ceará, foi condenado, nesta quinta-feira (9), a 30 anos
de prisão em regime fechado por homicídio qualificado.
O crime aconteceu na madrugada de 30 de abril de 2021. Josivan Lopes Silva
estava na delegacia após ser detido por envolvimento em tráfico de drogas
quando conseguiu pegar a arma que estava em cima da mesa e atirou contra o
escrivão Aloísio Alves Lima, de 60 anos.
De acordo com a acusação do Ministério Público do Estado (MPCE), o réu, que já
possuía antecedentes criminais, cometeu o crime para evitar a autuação de
flagrante.
Julgamento de homem que matou escrivão ocorreu nesta
quinta-feira
O júri também concordou
com as qualificações apontadas pelo órgão, incluindo a utilização de recurso
que dificultou a defesa da vítima, baseada no fato de o acusado ter
surpreendido o agente, que estava no exercício de sua função.
"Considerando o material de provas da autoria do crime, o Poder Judiciário
negou ao réu o direito de apelar em liberdade, destacando ainda que a prisão
preventiva de Antônio Josivan Lopes Silva deve ser mantida em razão da
gravidade do delito e da periculosidade do acusado".
Fuga e prisão - Um vídeo de câmeras de
monitoramento flagrou o momento que o assassino do escrivão caminha algemado e
armado por uma rua após cometer o crime durante um depoimento.
Nas imagens, Antônio Josivan aparece fugindo com a arma em punho. Ele
vestia uma calça, camisa e chinela.
Após passar mais de um mês foragido, Josivan foi preso na cidade de São
Bernardo do Campo, em São Paulo.
Posteriormente, o acusado foi transferido ao sistema penitenciário do
Ceará, onde permanecerá preso.
Nota de pesar
O Sindicato dos
Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol/CE) divulgou nota de
pesar pela morte do escrivão Aloísio Alves Lima.
Conforme o Sinpol, o agente, que atuava em Tauá, mas já trabalhou no município
do Crato, "era conhecido pela simpatia e gentileza com todos".
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