A Caixa poderá explorar a Lotex por dois anos, de forma transitória - O prazo começa a contar a partir da emissão dos primeiros bilhetes do produto e pode ser estendido
Quatro anos após a tentativa do
governo federal de conceder à iniciativa privada o direito de explorar a Lotex,
conhecida como “raspadinha”, o Ministério da Fazenda autorizou novamente a
Caixa a retomar o serviço.
Uma
portaria do Ministério da Fazenda, publicada no Diário Oficial da União nesta
quinta-feira (28), permite que o banco estatal explore a Lotex por dois anos,
de forma transitória. O prazo começa a contar a partir da emissão dos primeiros
bilhetes do produto e pode ser estendido.
A raspadinha foi comercializada entre os anos 1960 e 2015, quando o modelo
de apostas foi suspenso pela Controladoria-Geral da União (CGU), que questionou
a legalidade da forma como estava sendo feito no país.
Em 2018, as alterações possibilitaram que o serviço fosse concedido à
iniciativa privada e retomado. Após dois leilões sem interessados e a
flexibilização das exigências iniciais, o governo federal conseguiu transferir
para o consórcio Estrela Instantânea o direito de explorar o serviço por 15
anos. Na época, o governo federal estimava que a empresa arrecadaria entre R$
112 bilhões e R$ 115 bilhões com a venda dos bilhetes da raspadinha em 15 anos.
Desse total, 16,7% iriam para os cofres federais, com a promessa de serem
investidos em cultura, esporte e segurança pública.
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