Dois suspeitos foram presos na operação do Ministério Público
do Ceará e outros dois estão foragidos
Promotores de Justiça contaram com o apoio de policiais civis
no cumprimento das ordens judiciais
Um farmacêutico e um bioquímico estão entre os alvos da
Operação Expurgo, deflagrada pelo Ministério Público
do Ceará (MPCE), com apoio da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), nesta terça-feira
(23), por suspeita de integrarem uma quadrilha que teria faturado mais de R$ 1
milhão com assaltos a agências bancárias e casas lotéricas e sequestros, no
Interior do Estado.
O MPCE identificou crimes cometidos pela quadrilha desde outubro de 2022,
quando uma lotérica no Município de Madalena foi roubada. Em março do ano
passado, o grupo criminoso colocou em prática a ação criminosa conhecida como 'sapatinho': sequestrou o gerente de um
banco de Boa Viagem e, com ele refém, conseguiu sacar R$ 1 milhão dos cofres da
agência bancária.
Depois, a quadrilha sequestrou um empresário da região e obteve mais R$ 500
mil; e tentou roubar R$ 200 mil de um comércio. No último dia do ano passado,
31 de dezembro, os assaltantes sabiam da alta movimentação financeira em uma
lotérica de Boa Viagem e tentaram uma nova ação criminosa. A Polícia Militar do
Ceará (PMCE) interveio e prendeu dois suspeitos, enquanto os seus comparsas
fugiram.
A Operação Expurgo cumpriu mandados de prisão preventiva contra dois suspeitos,
nos municípios de Caucaia e Novo Oriente, nesta terça-feira (23). Outros dois
mandados de prisão não foram cumpridos, e os alvos viraram foragidos da
Justiça. O nome dos suspeitos não foi
divulgado.
Cinco mandados de busca e apreensão também foram cumpridos pelos promotores
de Justiça e pelos policiais civis, em Boa Viagem, Caucaia, Novo Oriente e
Independência.
QUADRILHA OSTENTAVA E 'LAVAVA' DINHEIRO - A maioria dos suspeitos de integrar a quadrilha mora na região onde
aconteciam os crimes e se aproveitava do dinheiro obtido com assaltos e
sequestros para ostentar e realizar lavagem de dinheiro. "Eles começaram a
comprar carros luxuosos, jet ski, farmácias e outros estabelecimentos da região,
para 'lavar' o dinheiro".
O representante do Ministério Público afirmou ainda que muitos membros do
grupo criminoso não tinham antecedentes criminais e alguns deles tinham até se
graduado em cursos de Nível Superior, como Farmácia e Bioquímica.
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