No segundo semestre, após o período chuvoso, novas reuniões devem definir aplicação dos recursos hídricos
Banabuiú, Orós e Castanhão são os principais abastecedores da
população cearense
Em reunião nesta
quarta-feira (21), a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e os
Comitês de Bacias Hidrográficas definiram as vazões do uso da água para os três
maiores açudes do Ceará: Banabuiú, Orós
e Castanhão. A operação emergencial dos reservatórios para o período 2024.1
vale de fevereiro até junho.
Nesse primeiro semestre, quando há chuvas no Ceará, os Comitês estabelecem um
teto máximo para a operação. Na prática, a liberação da água dos açudes
funciona como um complemento para que não haja escassez no abastecimento.
Após junho, acontecerá a Reunião de Alocação Negociada de água dos
reservatórios monitorados pela Companhia. Confira,
abaixo, as vazões aprovadas para o período 2024.1:
BANABUIÚ - O sistema Banabuiú terá vazão de 1000
l/s, sendo 950 litros por segundo para
perenização (continuidade) do rio e 50 litros por segundo para a bacia
hidráulica (entorno do rio). Este reservatório teve uma variação positiva de
aproximadamente 1 milhão de metros cúbicos entre o volume simulado e o
constatado, em 2023. Atualmente, conforme o Portal Hidrológico, o açude acumula
36,4% da capacidade.
ORÓS - A vazão aprovada para o Orós durante
o primeiro semestre de 2024 foi de 2.000 litros por segundo para atender às
regiões próximas. Em 2023, o açude teve variação positiva de aproximadamente
13,64 milhões de m³/s entre o volume simulado e o realizado. Hoje, o segundo
maior reservatório do Estado tem 50,5% da capacidade.
CASTANHÃO – O maior açude cearense
- atualmente com 23% da capacidade - voltará a transferir água para a Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF) após 5 anos, via Eixão das Águas.
A reunião da Cogerh
aprovou vazão de 14 m³/s, sendo 7,5m³/s para o Vale do Jaguaribe (perímetros
irrigados e rio) e 6,5 m³/s para a RMF - mesmo volume liberado da Transposição
do Rio São Francisco, que deve chegar ao Castanhão na primeira semana de março.
Com o reforço das águas do Velho Chico, "a ação representa mais segurança
hídrica para a RMF, tendo em vista o prognóstico climático de maior
probabilidade de chuvas abaixo da média e a atual situação do sistema hídrico
metropolitano, cuja acumulação gira em torno de 52% da capacidade total".
POUCA RECARGA - Conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Prognóstico Climático Quadra Chuvosa de 2024 aponta a chance de o trimestre de fevereiro a abril ter cenário de pluviometria 45% abaixo da média histórica, fato que pode refletir na recarga dos reservatórios.
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