Ednal Braz da Silva, o Siciliano, foi um dos oito
sentenciados pela Justiça no último dia 23
Ataques a ônibus no Canindezinho, um dos atentados promovidos
pela GDE em setembro de 2019
Ednal Braz da Silva, o Siciliano, apontado como um dos fundadores da facção criminosa Guardiões do Estado
(GDE), foi condenado a 22 anos e 22 dias de prisão pela Justiça Cearense no
último dia 23 de janeiro. Ao lado dele, também foram sentenciadas outras sete
pessoas, conforme publicado no Diário de Justiça do Estado (DJCE) na última
sexta-feira (2). Esse processo diz respeito a um desmembramento da operação
Reino de Aragão, deflagrada no final de 2019 pela Polícia Federal por ocasião
da série de ataques a equipamentos públicos e privados promovida pela GDE em
setembro de 2019.
Na operação, a PF encontrou no celular de Ednal mensagens em grupos da
facção que, além de combinar os ataques, também diziam respeito a inúmeros
crimes, como tráfico de drogas e armas, ameaças a agentes públicos (incluindo,
ao então governador Camilo Santana e ao secretário Mauro Albuquerque) e
preparativos a outros ataques, como um que tinha como alvo a Arena Castelão.
Entre as mensagens que serviram para condenar Ednal estão “salves” que ele
teria revisado e editado — os salves são mensagens em nome da facção com ordens
e instruções que seus seguidores devem cumprir.
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