Mão do policial ficou suja de sangue durante a agressão
Dois policiais militares (um cabo e um soldado) foram afastados preventivamente das funções pelo prazo de 120 dias e vão
responder a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) após terem sido presos em
flagrante acusados de agredir e ameaçar mulheres. Os casos ocorreram em dias
diferentes, em festas de Carnaval, na cidade de São Benedito.
As decisões da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Pública e Sistema Penitenciário (CGD) que afastaram os militares e instauraram
PADs contra eles foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) da última quinta-feira
(22).
O primeiro caso ocorreu no dia 11 de fevereiro. Na ocasião, segundo a Portaria
da CGD, o cabo PM Vanderlou Gonçalves
Rodrigues Neto teria agredido e proferido ofensas homofóbicas contra duas
mulheres durante uma festa de Carnaval no município de São Benedito, na Serra
da Ibiapaba. As vítimas relataram que estavam em grupo quando o policial de
folga se aproximou de uma delas e tentou agarrá-la.
A mulher repreendeu o cabo, mas ele fez nova investida. Outra mulher interveio
em favor da amiga, mas o homem deu um soco nela. A vítima foi machucada na boca
e teve ferimentos no joelho.
Segundo a decisão da CGD, o militar foi preso em flagrante pelos crimes de
lesão corporal dolosa, por duas vezes, previsto no Código Penal Brasileiro
(CPB), no entanto, o PM foi solto em audiência de custódia.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - Já no dia 13 de
fevereiro, também em uma festa de Carnaval em São Benedito, a companheira do soldado PM José Erivaldo Silva de Lima
disse "ter sido agredida com um chute que a fez cair por cima de seu braço
direito, quebrando-o, chute no seu maxilar e puxões de cabelo". No momento
das agressões, o policial militar portava na cintura uma pistola calibre.40, do
acervo patrimonial da PMCE e dois carregadores, que foram apreendidos.
O militar foi autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal contra a
mulher, por razões da condição do sexo feminino, ameaça e violência doméstica
física. Assim como o cabo preso por agressão e injúria racial, o soldado também foi solto em audiência
de custódia.
Nos dois casos, conforme as portarias da CGD, as documentações apresentadas
reuniram indícios de materialidade e autoria, demonstrando, em tese, infração
disciplinar por parte dos militares.
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