Crime teria sido praticado por um "grupo de extermínio" que também extorquia criminosos e comerciantes afirma o MPCE
Fachada do 5º Batalhão da Polícia Militar, onde funciona o
presídio militar
Dois homens teriam sido
mortos por policiais militares nos bairros Carlito Pamplona e Cristo Redentor,
em Fortaleza, como vingança pelo assassinato do soldado Bruno Lopes Marques, crime ocorrido no
último dia 12 de fevereiro. É o que consta no pedido de prisão preventiva do
cabo Igo Jefferson Silva de Souza,
deferido na última quarta-feira (21). A defesa do PM afirma que a prisão dele
foi baseada em conjecturas, meras ilações, sem uma prova real dos fatos
acusatórios". Ainda foi destacado que o policial realizou "inúmeras
prisões naquele bairro" e tem "relevantes serviços prestados à
sociedade em combate à criminalidade".
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações
Criminosas, do Ministério Público do Estado do Ceará (Gaeco/MPCE), existem
“fortes indícios” de que o cabo Igo, acompanhado de outros PMs, teriam executado Arhur dos Santos
Rodrigues, crime ocorrido no Bairro Carlito Pamplona; e Márcio Wallace de Sousa
Matos, executado no Bairro Cristo Redentor.
Ambos os episódios ocorreram na madrugada do dia 15 de fevereiro. Um outro
homem ainda teria sido ferido na ação. Ainda segundo o Gaeco, a acusação contra
o PM surgiu, inicialmente, a partir de uma denúncia anônima. A participação dos
PMs nos crimes também foi confirmada à Coin por um “colaborador não identificado”,
afirmou o Gaeco.
Além dos homicídios, o MPCE citou no pedido de prisão de Igo a suspeita de que
ele atua em “um grupo de extermínio que, além de executar inimigos, também
extorquia criminosos e comerciantes da área do Pirambu”.
O cabo já havia sido alvo de uma operação deflagrada em novembro passado que
visava um outro grupo de PMs suspeito de crimes como agiotagem, extorsão e
comércio ilegal de arma de fogo. Ele, porém, respondia à acusação em liberdade.
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