Homens não obedeceram à ordem de parada dos policiais e atiraram contra a composição militar - O caso ocorreu no município de Paraipaba, em novembro de 2022
Policiais do Raio em Paraipaba salvaram suspeito de
afogamento e prenderam outros dois
Dois integrantes de uma
facção de origem cearense foram condenados na Justiça a mais de 20 anos de
prisão pelos crimes de organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo. A
condenação se baseou em uma ocorrência na qual a dupla se envolveu em
Paraipaba, interior do Ceará, em novembro de 2022. Na ocasião, eles viajavam
para matar um rival e desrespeitaram uma ordem de parada policial, bateram em
uma árvore e um deles entrou em uma lagoa para tentar fugir.
A sentença, publicada no dia 19 de março, teve como réus Keven Praciano de Castro e Carlos Alberto Silva Honorato. Os dois
foram condenados com as mesmas penas, e devem cumprir 10 anos e três meses de
reclusão, em regime inicialmente fechado.
Eles já estavam presos e devem permanecer na cadeia enquanto aguardam o
resultado da apelação. Segundo a decisão, as solturas trariam "concretos
prejuízos à garantia da ordem pública" por integrarem uma facção
criminosa.
CONDENADOS ESTAVAM NO CAMINHO PARA MATAR RIVAL
O interrogatório dos
réus dá conta que no dia do confronto com policiais eles estavam a caminho da
localidade de Vila Pôr-do-Sol, em Paraipaba, para matar um membro de uma facção
criminosa rival que estava ameaçando Carlos Alberto de morte. Os fatos
aconteceram no dia 4 de novembro de 2022.
No trajeto, eles foram interceptados por uma composição do Comando de
Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) da Polícia
Militar do Ceará (PMCE), que havia recebido uma denúncia de "elementos
armados" em um carro trafegando no bairro Alto do Cipó, em Paracuru. Eles
fugiram para uma estrada carroçável e colidiram contra o tronco de um cajueiro.
Desceram do carro Carlos Alberto, Keven e Wesley. Eles atiraram contra os
policiais e a equipe revidou os disparos. Carlos e Wesley fugiram a pé, mas
Keven entrou em uma lagoa e se afogou. Esse último foi retirado da água pelos
militares e levado ao Hospital Municipal de Paraipaba.
Já Carlos foi encontrado em Paracuru por uma moto patrulheiro do Raio,
escondido em uma fazenda na estrada São Sebastião. Ele se rendeu, e foi
encontrado portando uma pistola de calibre .380, municiada.
Conforme documentos que fazem parte do processo, os homens, menos Wesley que
ficou foragido, confessaram participar de uma facção criminosa durante as
investigações. Tanto Keven como Carlos apontaram Wesley, inclusive, como a
pessoa que disparou contra os agentes do Raio.
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