Cinco policiais militares acabaram baleados no tiroteio, e um deles foi preso dentro do hospital acusado de chefiar uma organização criminosa formada por PMs
O Conselho de Disciplina contra os 6 policiais militares foi
publicado pela CGD no Diário Oficial do Estado da última segunda-feira
Seis policiais
militares viraram alvos de uma investigação administrativa na Controladoria
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do
Ceará (CGD) e foram afastados das funções, por suspeita de se reunirem para
assassinar membros de uma facção criminosa carioca, no bairro Pirambu, em
Fortaleza. Cinco PMs acabaram baleados no tiroteio, e um deles foi preso dentro
do hospital acusado de chefiar uma organização criminosa formada por PMs.
O Conselho de Disciplina, publicado pela
CGD no Diário Oficial do Estado (DOE) da última segunda-feira (11), investigará
a conduta dos cabos da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Igo Jefferson Silva de
Sousa, Anderson Cordeiro de Sousa Eufrásio, José Heliomar Adriano de Souza
Filho e Daniel Araújo Costa e dos soldados Peron Vitor Oliveira Matos e Jakson
Waldeny Ferreira. Os seis PMs também foram afastados da Corporação.
Conforme o documento, "os citados policiais militares teriam ido à
Comunidade do Caldeirão/Areia Grossa, no Pirambu, no dia 17 de fevereiro último,
com o intuito de assassinar indivíduos pertencentes à facção Comando Vermelho,
em represália à morte do Sd PM Bruno
Lopes Marques, no dia 12 do mesmo mês, sendo no local surpreendidos e lesionados
por criminosos armados.
Ainda segundo a CGD, os policiais militares também são suspeitos de matar
dois homens e balear um terceiro, no dia 15 de fevereiro último, nos bairros Carlito
Pamplona e Cristo Redentor, em Fortaleza. Os crimes também teriam sido
cometidos em retaliação à morte do soldado Bruno Lopes.
ATUAÇÃO DE MILÍCIA EM FORTALEZA - Um dos policiais investigados pela CGD e baleado no tiroteio ocorrido no
Pirambu, no dia 17 de fevereiro último, o cabo Igo Jefferson Silva de Sousa
acabou preso preventivamente, por força de um mandado expedido pela Justiça
Estadual, dentro do hospital - onde se recuperava de um tiro sofrido no
maxilar.
O cabo Igo Jefferson é um dos 10 policiais militares denunciados pelo Grupo
de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do
Ministério Público do Ceará (MPCE), por integrar uma organização criminosa que
cometeria crimes como homicídios, extorsões, tráfico de drogas e lavagem de
dinheiro, nas regiões do Grande Pirambu e da Barra do Ceará.
O grupo foi considerado como uma milícia.
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