segunda-feira, 8 de abril de 2024

Aporte em açudes até início de abril ultrapassa o acumulado do mesmo período em 2023

Com as precipitações da quadra chuvosa de 2024, áreas com seca grave tiveram diminuição no Estado

Açude Edson Queiroz sangrou pela primeira vez desde 2011 neste domingo

De janeiro até este domingo, 7 de abril de 2024, os açudes do Ceará monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), receberam 3,93 bilhões de metros cúbicos (m³) de água. O aporte já ultrapassa o registrado no igual período de 2023, quando os reservatórios ganharam 3,80 bilhões de m³.   
Os dados são divulgados na Resenha Diária publicada pelo órgão e não incluem os açudes da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Ao todo, o Estado tem 48,94% da capacidade hídrica preenchida. No início de janeiro, os açudes estavam 38,5% cheios.
Dos 157 reservatórios monitorados, 50 estão sangrando. Outros 13 açudes estão com 90% da capacidade e 31 seguem com volume abaixo de 30%. No mesmo período de 2023, 60 açudes sangravam. Um dos maiores açudes em sangria neste ano é o Edson Queiroz, localizado em Santa Quitéria. O reservatório não chegava a 100% da capacidade desde 2011 e atingiu a marca neste domingo (7). O açude Pacajus, em Chorozinho, na bacia Metropolitana, também atingiu sangria neste domingo. Maior açude do Brasil, o Castanhão, na bacia do Médio Jaguaribe, está na iminência de atingir 30% da capacidade. Em 2023, o reservatório passou dessa marca pela primeira vez em nove anos. Neste ano, ele recebeu águas da transposição do Rio São Francisco.
O Orós, segundo maior açude do Estado, tem 58,56% do volume preenchido, e o Banabuiú, terceiro maior, tem 38,66%. O quarto maior açude, o Araras, está com 96,82% do volume.
Após quatro meses, o Ceará voltou a apresentar áreas sem seca relativa, segundo os dados do Monitor. Depois das chuvas de fevereiro, 23,5% do território não têm nenhum nível de seca relativa. Atualmente, 35 cidades do Estado têm situação de emergência por seca ou estiagem reconhecida pelo Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil. Para os meses de abril e maio são aguardadas menores quantidades de chuva do que nos primeiros meses da quadra. Neste mês, a média de precipitação é de 190,7 milímetros (mm), enquanto o próximo tem média de 90,7 mm.

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