Última vez que o reservatório atingiu a marca foi no dia 25
de setembro de 2012, quando computou 70,50%
O açude Orós, segundo maior reservatório do Ceará,
ultrapassou 70% de sua capacidade após 12 anos
O açude Orós, segundo
maior reservatório do Ceará, ultrapassou 70% de sua capacidade nesta
quarta-feira (24). É a primeira vez que o açude atinge a marca após 12 anos,
segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Última vez foi no
dia 25 de setembro de 2012, quando registrou 70,50%. O Orós sagrou pela última vez em 8 de março de 2011.
Outro dado importante é que o reservatório registrou aporte considerável em
2024 e ultrapassou a marca de recuperação de 2023. Segundo a Cogerh, o Orós
estava com 52,67% de sua capacidade em 1º de janeiro deste ano. Agora, em 24 de
abril, o açude se encontra com 70,5%, um aporte de 17,83% em quase quatro
meses, o que representa um aumento de 345,96 milhões de metros cúbicos de água.
O reservatório está com pouco mais de 1,367 bilhão de m³ acumulados,
superior ao aporte máximo registrado em 2023, quando o açude alcançou 67,52% de
sua capacidade (1,309 bilhão de m³), em 20 de maio daquele ano.
Açude Orós - O Açude Orós tem como
finalidades a perenização do Rio Jaguaribe, irrigação do Médio e Baixo
Jaguaribe, piscicultura, culturas agrícolas de áreas de montante, turismo e
aproveitamento hidrelétrico.
A barragem, que já ocupou o posto de maior reservatório do Ceará até 2002,
ano em que o Castanhão foi construído, atingiu duas expressivas marcas este
ano: o reservatório mais que dobrou em 2022 e atingiu um volume que não era
alcançado desde 2014, ultrapassando o índice de 49% de volume hídrico
acumulado.
O Orós tem capacidade para 1,94 bilhão de m³ água, fazendo parte do trio de
açudes do Estado que comportam mais de 1 bilhão de m³, com o açude Castanhão
(6,7 bilhões) e o açude Banabuiú (1,534 bilhão).
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Açude Orós, no Centro-Sul do Ceará
Precipitações acima da média - O resultado do bom abastecimento são as chuvas que a região recebeu nos
primeiros meses do ano. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme) aponta que na quadra chuvosa, o balanço de fevereiro mostrou
precipitações acima da normalidade, com um desvio positivo de cerca de 90%.
Já em março, os acumulados ficaram dentro da média para o Ceará na totalidade,
porém, com os melhores resultados observados na Região Centro-Norte.
O Castanhão, maior
reservatório do país, tem atualmente 33% da sua capacidade, conforme a Cogerh;
Já o Banabuiú se encontra com 41%.
Diminuição da seca - Mais da metade do
território do Ceará não apresenta seca relativa, conforme o mapa mais recente
do Monitor de Secas.
No comparativo com o mês de fevereiro, março teve variação absoluta de
33,95%, isto é, aumentou de 23,5% para 57,45%. A porção do Ceará sem seca
relativa está concentrada nas regiões Centro-Norte do Estado.
Apesar dos dados positivos, o estudo ressalta que 42,55% do território
cearense apresenta algum nível de seca, variando entre fraca e moderada.
Ainda conforme o Monitor, a situação mais grave está concentrada no
sudoeste do estado, ocupando parte do Sertão Central e Inhamuns.
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