Conforme a investigação, os PMs exigiam até R$ 20 mil de empresários da Região Norte e os ameaçavam de apreender material, fechar estabelecimentos e ainda em prender ou matá-los
Operação Espanta Raposa prendeu nove militares,
inclusive um tenente-coronel e um major
Dois oficiais da Polícia Militar do Ceará (PMCE) se tornaram alvo de um Conselho de Justificação, da
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário, que vai apurar supostas condutas criminosas deles enquanto atuavam
no Batalhão de Policiamento Ambiental (BPMA). Eles são acusados de concussão
(exigir vantagem indevida) e corrupção passiva durante operações.
A medida foi anunciada em portaria da CGD publicada no Diário Oficial do Estado
no último dia 5 de abril. A investigação, que também é criminal, começou em
2019 com a Operação Espanta Raposa,
deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Atualmente, um
total de nove PMs são réus na Vara da Auditoria Militar do Ceará, e o processo
se encontra em fase de instrução, com oitiva de testemunhas.
São alvos do Conselho de Justificação da CGD
Tenente-coronel > Paulo de Tasso Marques
Major > Francisco
Marcelo Nântua Beserra
Outros sete PMs, entre sargentos e soldados, também são alvos da CGD, mas em um Procedimento Administrativo no Conselho de Disciplina (CD). No último dia 8 de março deste ano, o CD envio um ofício à Vara da Auditoria Militar do Ceará, onde tramita a ação criminal, e pediu atualização do acesso aos autos e também o compartilhamento de provas para que eles possam usar na seara administrativa.
Estão em investigação disciplinar também
1º Sargento > Antônio Barbosa Filho
1º sargento > Marcelo Cristiano de Melo
1º Sargento > Raimundo Nonato Cruz
1º Sargento > Jorge Luís de Sousa
1º Sargento > Reginaldo Bento de Araújo
3º Sargento > Décio Alves Fernandes
Soldado > Pablo
Weslly Cavalcante de Sousa
Corrupção no BPMA - A suposta corrupção no BPMA foi verificada durante a deflagração
da Operação Espanta Raposa, em março de 2019, em uma ação do Núcleo de
Investigação Criminal (Nuinc) do MPCE. Nove PMs, inclusive o tenente-coronel e
o major, chegaram a ser presos.
A operação se deu nos municípios de Sobral e Tianguá, na Região Norte do
Estado. No mesmo ano, em agosto, os militares foram soltos, pois um Conselho
Especial de Justiça decidiu que eles não prejudicariam o andamento do processo.
À época da pronúncia dos PMs, a juíza da Auditoria Militar do Ceará citou 20
ações criminosas cometidas pelo grupo de PMs.
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