Castanhão ultrapassou a marca de 32% nesta sexta-feira, e,
sozinho, abriga mais de um quinto da capacidade hídrica do Estado - Já o Orós
chegou a nível que não atingia desde 2012
Castanhão chega a maior volume de água acumulada em quase dez
anos
O Castanhão, maior açude da América Latina, chegou ao maior volume de água acumulada desde setembro de 2014. E ele não está só. Segundo de maior
capacidade no Brasil, o Orós atingiu a melhor marca desde outubro de 2012. Sozinhos,
os dois açudes representam 35% de toda a água acumulada nos 157 reservatórios
públicos monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh). Só
neste mês, o gigante de Alto Santo encheu 5 pontos percentuais, o
equivalente a 276,28 hectômetros cúbicos (hm³) d'água. Hoje, com 32,08% do
potencial, ele guarda 2.149,52 hm³ em si, o que poderia encher
qualquer açude do Brasil. Até o Orós.
Já o segundo maior do Ceará, abriu o mês em 1.070,81 hm³ (55,2%) e agora está
em 1.347,3 hm³ (69,45%). Assim, juntos, Orós e Castanhão recarregaram 552,2 hm³
— mais do que tudo que cabe no Figueiredo (Alto Santo), o quinto maior açude do
Estado. Esse valor poderia encher 220.800 piscinas olímpicas de 2 metros de
profundidade.
Atualmente, 65 açudes estão sangrando no
Ceará. O maior deles é o Araras, em Varjota. As cheias advém de três meses
de bom inverno. O primeiro mês de quadra chuvosa foi histórico. Em fevereiro, a
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou 230,6
milímetros (mm) de precipitação em todo o Estado. Cifra é 90,1% maior do que a
média do período. A boa tendência se manteve em março, quando choveu 233,5
mm, perfazendo desvio positivo de 13,1%. Em abril, dados preliminares da
Fundação mostram 168,5 mm, o que já deixa o mês dentro da faixa considerada em
torno da média. Isso com 11 dias restando até o fim do mês.
Com isso, a maioria das 12 regiões hidrográficas do Ceará está em situação
confortável.
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