Embarcação chegou em terra firme para início da perícia na
noite do último domingo
O trabalho de trazer o barco com os corpos durou mais de 12
horas
A Polícia Federal (PF)
investiga se os corpos encontrados em um barco no litoral do Pará, no último
sábado (13), são de vítimas estrangeiras, possivelmente do Caribe. A embarcação
chegou em terra firme para início da perícia na noite do último domingo (14).
O trabalho de trazer o barco com os corpos durou mais de 12 horas. A maré baixa
dificultou o traslado, assim como a necessidade de rebocar a embarcação em
baixa velocidade.
Seis peritos foram enviados de Brasília ao Pará, ainda no sábado, para uma
força-tarefa montada que visa a identificação dos corpos. Integrantes de
Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), Local de Crime e Medicina Legal
também saíram do Instituto Nacional de Criminalística (INC) rumo ao Estado. Demais
médicos foram ao local no domingo.
O objetivo do DVI – protocolo internacional usado pela Interpol – é garantir
que todas as vítimas sejam identificadas de forma precisa e digna, permitindo
que famílias recebam os corpos e possam realizar as cerimônias adequadas de
enterro, além de garantir as exigências legais, quando necessário.
O DNA das vítimas será confrontado com o banco nacional de perfis genéticos,
para saber se há identificação, e se são brasileiros ou não. Segundo
autoridades locais, a hipótese de que são estrangeiros é reforçada porque não
houve ocorrência de brasileiros desaparecidos na região nos últimos dias.
NÚMERO DE PESSOAS É INCERTA - Outra dificuldade dos agentes é em atestar a quantidade de corpos que
estavam no barco devido às mutilações. A PF juntará algumas partes para saber
quantas vítimas são de maneira exata. A informação inicial é de que seriam 20
pessoas mortas.
O barco foi encontrado à deriva no litoral de Bragança, cidade do nordeste
paraense. Pescadores que encontraram o barco disseram que os corpos estavam em
estado de decomposição.
O Ministério Público Federal (MPF) abriu duas investigações sobre o caso,
uma na área criminal e outra na cível, esta que será realizada pela
Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para defesa dos
direitos humanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário