segunda-feira, 22 de abril de 2024

PMs que tiveram R$ 3,4 milhões em bens sequestrados são chefes de organização criminosa

Os dois policiais militares, já condenados a um total de 126 anos de reclusão, agora são investigados por lavagem de dinheiro

Operação Exaurimento cumpriu ordens judiciais contra os PMs

Os dois policiais militares alvos de uma operação da Polícia Civil do Ceará (PCCE), na última terça-feira (16), contra um esquema de lavagem de dinheiro, já foram condenados a um total de 126 anos de reclusão, por liderarem uma organização criminosa que cometia extorsões e tráfico de drogas, em Fortaleza.
O subtenente Luiz André Galdino da Silva, conhecido como 'Gato Seco', e o soldado Jediel Costa Marcelino da Silva, o 'Negão', foram alvos do cumprimento de 6 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de sequestro de veículos, 7 mandados de sequestro de imóveis, além do bloqueio de contas bancárias e investimentos, na Operação Exaurimento.
R$ 3,4 MILHÕES foram retidos pela Polícia Civil, ao total. Entre os bens sequestrados, 3 carros de luxo, um imóvel quadriplex, 2 imóveis duplex, um terreno em loteamento de condomínio de alto padrão e um galpão onde funciona uma academia de musculação. O nome da operação foi escolhido em analogia à fase final da investigação que leva ao sequestro de bens.
Segundo a PCCE, os PMs estavam afastados das funções, "desfrutando de patrimônio incompatível com as capacidades econômicas financeiras, bem como praticavam crimes de lavagem de dinheiro, inclusive, com a constituição de pessoas jurídicas para possibilitar a movimentação de recursos ilícitos".
Durante o cumprimento dos mandados, o soldado Jediel da Silva foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, na posse de duas pistolas e carregadores.

CONDENADOS POR LIDERAREM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Os dois PMs alvos da Operação Exaurimento já foram condenados na Justiça Estadual, em decorrência de investigação da Operação Gênesis, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE).
O subtenente Luiz André Galdino da Silva foi sentenciado a 67 anos e 6 meses de reclusão, pelos crimes de integrar uma organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, tráfico de drogas, associação para o tráfico e extorsão.
Já o soldado Jediel Costa Marcelino da Silva foi condenado a 58 anos e 6 meses de prisão, por integrar uma organização criminosa, tráfico de drogas e extorsão. As sentenças foram proferidas em processos diferentes, pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas, que concedeu aos réus o direito de recorrer em liberdade.
Conforme as sentenças judiciais, os dois policiais militares lideravam uma organização criminosa composta por outros PMs, que "empreendeu crimes de extorsão, tráfico de drogas e delitos previstos no estatuto do desarmamento".

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