Agente, que também era psicólogo, era tio da vítima - Ele
teria mostrado vídeos pornográficos ao menino, que tem 11 anos, e praticado
atos libidinosos - Policial negou as acusações
Caso foi investigado pela Delegacia de Combate à Exploração
da Criança e do Adolescente
Um policial civil foi demitido da corporação acusado de
abusar sexualmente de uma criança de 11 anos, que é autista, durante consultas
psicológicas. A demissão foi publicada na última
terça-feira (7), no Diário Oficial do Estado (DOE), e é assinada pelo
governador Elmano de Freitas (PT). Conforme a portaria publicada no DOE, a
violência sexual teria ocorrido no município de Bela Cruz (Litoral Norte do
Estado), aproximadamente, entre setembro de 2021 e março de 2022. O policial,
que também é psicólogo, realizava os atendimentos em um consultório particular.
A vítima era sobrinho do acusado.
Conforme testemunho de uma parente da criança, foi percebido, durante o período
em que a vítima era atendida pelo psicólogo, uma mudança em seu
comportamento. Ele teria passado a acessar vídeos pornográficos e a se
masturbar, além de manifestar “atitudes
estranhas, de isolamento e agressividade”.
“A criança relatou que assistia aos referidos vídeos durante o atendimento
psicológico e mencionou condutas praticadas pelo processado caracterizadoras de
abuso sexual, como masturbação, toques em órgãos genitais, além de outros atos
libidinosos, fazendo uma descrição minuciosa dos atos a que foi submetido”.
Em seu depoimento, o policial e psicólogo negou as acusações.
Na esfera criminal, após investigação da Delegacia de Combate à Exploração da
Criança e do Adolescente (Dceca), o policial e psicólogo também foi condenado.
Em 9 de janeiro último, ele foi condenado, em primeira instância, a 15 anos, 2
meses e 10 dias de prisão. Além disso, o acusado foi sentenciado ao pagamento
de R$ 20 mil a título de danos morais.
Ele recorre da decisão em liberdade, mas
teve suspenso o registro profissional de psicólogo.
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