Homem se apresentava o condomínio como auditor da CGU
Operação prende morador de condomínio de luxo no Eusébio
suspeito de usar dados de servidores federais para cometer crimes
Um morador de um
condomínio de luxo no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi preso
nesta terça-feira (7), pela Polícia Federal por suspeita de usar dados de um
policial federal e de outros servidores públicos em crimes.
A ação faz parte da Operação "Nunca
Será", que cumpriu um mandado de prisão preventiva e dois mandados de
busca e apreensão contra o investigado. O objetivo é acabar o esquema criminoso
de acessos indevidos a sistemas governamentais e falsificação de identidade.
A investigação da Polícia Federal começou após um policial federal ter sua
conta na Plataforma Gov.br invadida. Durante esses acessos, foram violados os
diversos sistemas vinculados à citada plataforma do Governo Federal.
De acordo com a PF, após análise dos dados, os investigadores identificaram que
os acessos indevidos foram feitos pelo morador do condomínio de luxo, que teria
utilizado os dados pessoais do policial federal para cometer as invasões.
Falso auditor da CGU
Durante a operação, os agentes descobriram que o investigado
tinha diversos documentos de servidores da CGU, Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) e do Ministério da Agricultura
Ainda segundo a
polícia, durante as investigações descobriu-se que o investigado também se
apresentava falsamente em seu condomínio com os dados qualificativos de um
auditor da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão do Governo Federal.
Além disso, há suspeitas que anteriormente o mesmo já havia utilizado os dados
de outro servidor da CGU para realizar empréstimos, demonstrando um padrão de
comportamento criminoso voltado para a obtenção de benefícios ilegais.
Durante a operação, os agentes descobriram que o investigado tinha diversos
documentos de servidores da CGU, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do
Ministério da Agricultura. Para a polícia, esse modus operandi evidencia a
reincidência do suspeito em utilizar identidades falsas para obter vantagens
indevidas.
O investigado pode responder por crimes de Invasão de dispositivo informático e
uso de documento falso, com penas somadas de até 11 anos de prisão, sem
prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados, a partir da
análise do material digital apreendido. A PF seguirá com as investigações, a partir
da análise do material apreendido.
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