Número é o maior desde 2020, que teve 9 agentes mortos ao longo de todo ano
Dez policiais foram assassinados no Ceará entre janeiro e
maio deste ano
Dez policiais militares
foram assassinados no Ceará entre janeiro até o último domingo (26). O caso
mais recente ocorreu no município de Porteiras, no Cariri cearense, e teve como
vítima o sargento da reserva remunerada João
Genival Martins.
O sargento estava afastado da polícia desde 2011. Em 2020, ele foi preso por
suspeita de matar um homem por encomenda da própria esposa da vítima. Além
desse processo, ele também respondia por violência doméstica, e no momento do crime estava utilizando
tornozeleira eletrônica.
O número de policiais mortos este ano é o maior desde 2020, quando 9 foram
mortos ao longo daquele ano. A mesma quantidade se repetiu nos seguintes até
2023.
Assim como no caso do sargento de Porteiras, a maioria dos agentes
assassinados estava de folga no momento do crime. Quatro deles eram da reserva
remunerada.
Policiais mortos no Ceará de janeiro a maio
21 de janeiro - Policial militar
Félix Batista de Almeida Neto, de 35 anos, foi morto a tiros durante uma
tentativa de assalto em Fortaleza. O militar era lotado no Comando de
Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio).
21 de janeiro - Soldado da Polícia
Militar Jean Rodrigues Granjeiro, 28 anos, morreu baleado durante uma
ocorrência na cidade de Ubajara. Posteriormente, a polícia descobriu que o tiro
que matou o militar partiu da arma de outro agente que estava na ocorrência.
Dois criminosos também morreram na ocorrência.
12 de fevereiro - Soldado Bruno Lopes
Marques, de 27 anos, estava de folga quando foi morto a tiros em um bar em
Fortaleza. Menos de uma semana após o crime, dois suspeitos foram presos.
15 de março - Tenente da reserva da Polícia
Militar Francisco Luiz Rodrigues de Lima, de 58 anos, morreu após trocar tiros
com suspeitos de uma série de assaltos em Fortaleza. Três suspeitos foram
presos.
22 de março - Cabo Geldson Coelho de Araújo
estava de folga quando foi morto a tiros durante um assalto em uma hamburgueria
em Fortaleza.
3 de abril - Terceiro sargento Antônio Carlos
Sousa, de 45 anos, assassinado a tiros enquanto trafegava de moto em Fortaleza.
O agente estava à paisana, a caminho do quartel, quando foi atingido pelos
disparos e morreu no local. Dois suspeitos do crime foram presos.
9 de maio - Sargento Geilson Pereira Lima, de
49 anos, foi morto a tiros dentro de um frigorífico, em Icó, no interior do
Ceará. O policial estava de folga no momento do crime. O policial tinha
antecedentes por três crimes de ameaça.
12 de maio - Cabo José Heliomar Adriano de Souza
Filho, de 42 anos, foi morto a tiros na calçada de um bar em Fortaleza. O crime
aconteceu na frente de uma equipe da Polícia Militar que passava pelo local. O
cabo José Heliomar estava afastado das funções pela Controladoria Geral de
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará
(CGD), que instaurou um Conselho de Disciplina para investigar a conduta dele e
de outros quatro agentes que foram baleados na capital, em fevereiro deste ano.
21 de maio - Cabo José Hélio Ribeiro, conhecido
como Doquinha, de 69 anos, da reserva remunerada, foi morto a tiros ao reagir a
um assalto em Fortaleza.
26 de maio - Sargento da reserva remunerada da
Polícia Militar João Genival Martins, de 54 anos, foi morto a tiros no
município de Porteiras, na região do Cariri cearense. O agente estava na
condição de agregado, afastado da corporação desde 2011. Ele tinha antecedentes
criminais por homicídio, violência doméstica e outros crimes. No momento do
ocorrido, ele usava tornozeleira eletrônica.
Investigações - A Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social informou que todos os crimes contra a vida de
servidores das Forças de Segurança do Ceará são investigados pela 11ª Delegacia
do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil, unidade
especializada em investigar crimes dolosos contra a vida e latrocínios
praticados em desfavor de agentes de segurança pública.
A Secretaria da Segurança acrescenta que "não mede esforços para elucidar
os casos, bem como identificar e prender os suspeitos das ações criminosas.
Entre janeiro e abril de 2024, ocorreram cinco Crimes Violentos Letais e
Intencionais contra policiais militares. Quatro deles foram registrados contra
policiais militares que estavam de folga e um deles na reserva. Neste ano,
nenhum caso foi registrado contra policiais civis".
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