Em 2017 o agente foi autuado por tráfico de drogas
Policial penal Luiz Fernandes Perote da Costa foi preso com o
primo e outro comparsa por se passar por policial civil para extorquir
comerciantes no Ceará
O policial penal Luiz Fernandes Perote da Costa, de 35 anos, preso com outros dois homens por suspeita de se passarem
por policiais civis para extorquir dinheiro de comerciantes, já havia sido
detido em 2017, por tentar entrar com drogas e aparelhos celulares em um
presídio na Região Metropolitana de Fortaleza.
Conforme a denúncia feita à época pelo Ministério Público do Ceará, Luiz atuava
na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto de Oliveira Barros Leal,
conhecida popularmente como "Carrapicho",
em Caucaia, quando foi flagrado no dia 24 de julho de 2017 com 200 gramas de
cocaína que seriam entregues a um detento.
Na ocasião, além da droga, os agentes apreenderam no carro do policial penal
sete aparelhos celulares, fones de ouvido, baterias e cabos de metal, todos
acondicionados em forma de pacotes.
Segundo o Ministério Público, ao aprofundar as investigações os promotores de
Justiça descobriram que o policial penal estava envolvido em outros crimes,
como a apropriação de celulares apreendidos em vistorias na unidade
penitenciária e o recebimento de valores para levar materiais ilícitos para o
presídio.
Em depoimento, conforme o Ministério Público, Luiz Fernandes Perote confessou
que a companheira de um presidiário que era integrante de uma facção criminosa
havia oferecido recompensa para que ele entrasse na unidade prisional com os
objetos. Ele também disse que havia se apropriado de celulares apreendidos no
interior do presídio. Luiz Fernandes foi punido em 2021 com uma suspensão de 90
dias.
Extorsão de R$ 10 mil - A nova prisão de
Luiz Fernandes ocorreu em 13 de maio, durante uma operação feita pela Delegacia
Regional de Russas. Ele foi capturado em Caucaia, na Grande Fortaleza. Na
ocasião a polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e na
loja de suplementos de propriedade dele.
Também foram alvos da operação Luiz Ferreira Perote Neto, 26 anos, primo do
policial penal, preso em Caucaia; e o comerciante Kasyo Antônio da Silva
Pereira, 29 anos, preso em Russas, no interior do Ceará. Kasyo ajudava a escolher
as vítimas por saber quem tinha maior poder aquisitivo.
As investigações sobre o caso tiveram início a partir da denúncia de um
comerciante, que no dia 17 de abril deste ano foi rendido pelo trio, na cidade
de Russas, e ficou mais de 30 minutos sob ameaça com uma arma até transferir R$
10 mil para a conta dos suspeitos.
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