terça-feira, 28 de maio de 2024

Tenente da PM acusado de matar homem em parada de ônibus é investigado pela CGD

Ainda há suspeita que o policial participou de outros homicídios na capital cearense

CGD apura se o PM irá permanecer na ativa

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) instaurou Conselho de Justificação (CJ) para apurar a conduta de um policial militar, réu pelo homicídio de um homem em uma parada de ônibus, em Fortaleza.
O 2° tenente Francisco Ivamar Ferreira Forte já foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) devido ao crime, e agora pode ou não ser considerado "incapaz de permanecer na ativa ou na situação em que se encontra na inatividade da Corporação Militar a qual pertence".
O homicídio aconteceu no ano de 2017, no bairro Padre Andrade, em Fortaleza. A informação acerca do Conselho de Justificação foi divulgada na última semana, em publicação do Diário Oficial do Estado (DOE). O processo principal do caso segue em segredo de Justiça.

MORTO A TIROS - A vítima foi identificada como Nilber Fernandes de Souza. Ainda em 2017, um inquérito foi instaurado e a denúncia apresentada quase seis anos depois. O tenente se tornou réu no Judiciário, após a acusação do MP e teve a prisão decretada.

ARMA DO CRIME - Ainda no início da investigação, o PM teria registrado Boletim de Ocorrência noticiando que a sua arma de fogo foi extraviada, "acreditando que a arma tenha caído da sua mochila, a qual estava rasgada".
Os investigadores cumpriram mandado de prisão na residência do suspeito, "uma vez que, diante dos indícios expostos acima, havia a possibilidade de se localizar a arma supostamente extraviada, a qual, inclusive, poderia ter sido a arma utilizada no crime".
A Perícia Forense do Ceará concluiu exame de comparação balística e indicou que os projéteis retirados do corpo de Nilber Fernandes percorreram o mesmo cano de uma arma de fogo do tipo apreendida na casa do PM.
Também foram apreendidos celulares do policial investigado, "que após autorização para extração dos dados constantes nos aparelhos celulares, foram identificados diversos elementos que demonstram que o policial, ora paciente, é contumaz na prática de crimes, inclusive com suposta participação em outros homicídios, praticados recentemente, no final do ano de 2022".

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