Três policiais militares, um ex-PM e um motorista de ônibus são apontados como integrantes do grupo criminoso e respondem a um processo por homicídio
Homem é sequestrado por grupo armado em Maracanaú
O grupo acusado de
sequestrar e matar um agiota, em Maracanaú, na Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF), é considerado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) como uma
milícia. O corpo da vítima nunca foi
encontrado. Três policiais militares, um ex-PM e um motorista de ônibus
foram presos por participação no crime. Porém, dois militares tiveram a prisão
preventiva convertida em prisão domiciliar, pela Justiça Estadual.
No último dia 28 de maio, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará
(TJCE) negou um pedido da defesa do motorista José Ricardo de Oliveira (único
acusado do processo criminal que nunca foi PM) e manteve a sua prisão. A
decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) do dia 31 de maio
último.
Também seguem presos o soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Gabriel Neves
Cabral e o ex-policial militar Francisco Danis de Oliveira Nascimento. Já a
sargenta Maria Aline do Nascimento Rodrigues e o soldado Francisco Ronaldo
Sales também estiveram no Presídio Militar, mas tiveram a prisão domiciliar
acatada pela Justiça, em razão da mulher ter um filho menor de 12 anos e do
homem precisar tratar de uma doença.
DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO - O Ministério Público do Ceará denunciou os cinco suspeitos por homicídio
duplamente qualificado (por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a
defesa da vítima) e ocultação de cadáver, no dia 13 de abril deste ano, pelo
crime que vitimou Clézio Nascimento de Oliveira, em Maracanaú, no dia 7 de
novembro de 2022.
Conforme a denúncia, Clézio "foi sequestrado à força por quatro
pessoas, todas utilizando modus operandi de agentes de segurança pública".
"A vítima foi arrebatada em frente à própria residência quando estava
acompanhada de outras pessoas. Os suspeitos estavam armados, usando coletes e
balaclavas, quando forçaram Clezio a entrar no carro".
Clézio fazia uso de tornozeleira eletrônica, mas no dia do fato criminoso,
o sinal foi interrompido logo no início da ação criminosa". A esposa de
Clézio afirmou à Polícia que ele emprestava dinheiro a juros (o que caracteriza
agiotagem) e que o mesmo havia sido preso pela última vez há 8 meses, mas
desconhecia se ele pertencia a alguma facção criminosa.
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