Coordenadoria que havia informado que os policiais
consultaram nome da vítima antes do crime voltou atrás e confirmou os
depoimentos deles, que diziam ter feito a busca somente após o assassinato
JANDRA era diretora de uma unidade hospitalar em Fortaleza
A 5ª Vara do Júri
determinou na noite desta sexta-feira (7), que fossem soltos os quatro
policiais militares presos temporariamente pela suspeita de envolvimento
no assassinato da enfermeira Jandra
Mayandra da Silva Soares, de 35 anos — crime ocorrido no último dia 15
de maio no bairro Pirambu, em Fortaleza.
A decisão ocorreu após pedido da própria Delegacia de Assuntos Internos
(DAI), da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Pública (CGD). Conforme a representação feita pelos delegados, em um
primeiro momento, havia sido informado que os PMs, antes do crime, fizeram
buscas pelo nome da vítima no sistema de consultas policiais.
O apontamento havia sido feito pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação e
Comunicação (Cotic), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS), responsável pela ferramenta de pesquisa. Entretanto, quando os PMs
foram presos e conduzidos a depor, todos eles disseram ou que pesquisaram o
nome de Jandra Mayandra depois do crime, ou que sequer lembravam-se de ter
realizado a consulta.
Isso fez com que os investigadores da DAI pedissem à Cotic a confirmação
ou não dos dados anteriormente repassados. Em um novo ofício, a Cotic constatou
que os policiais haviam efetuado consultas em horários distintos dos que tinham
sido informados anteriormente.
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