domingo, 16 de junho de 2024

Madre Carminha - Madre do interior de SP pode ser declarada beata pelo Vaticano

Religiosa faleceu em 1966 - Processo de beatificação corre em Roma, a partir do relato de um milagre atribuído à Madre

Madre Carminha morreu aos 66 anos

Uma pessoa amável, humilde e mansa. Foi assim que Madre Carminha, que viveu em Tremembé, no interior de São Paulo, foi classificada por psicólogos que estudaram sua trajetória.
A religiosa, que faleceu em 1966, passou a vida dedicada a acolher e escutar os mais necessitados. Agora, o Vaticano deu início às investigações de um milagre atribuído como intercessão dela, para decidir se a Madre pode ser declarada beata. O milagre é mantido em sigilo.
A beatificação é uma das etapas de reconhecimento da Igreja Católica em relação à santidade de um religioso. Tornar-se beata é uma etapa que antecede a canonização, quando a pessoa é de fato declarada como santa.
O processo em busca de declarar a santidade da Madre, apesar de avançado, começou há pelo menos 15 anos, pela Diocese de Taubaté.
Para ser considerada beata, é preciso provar que um religioso foi intercessor de um milagre ou sofreu um martírio. Já para ser declarado como santo ou santa, é necessário que o religioso seja canonizado e tenha mais de um milagre comprovado.
No abrigo Carmelo de Tremembé, a expectativa é grande para que Madre Carminha seja considerada beata e, posteriormente, santa.

Madre Carminha - Madre Carminha nasceu em Itu (SP), mas foi criada em Campinas (SP), antes de chegar em Tremembé para fundar o Carmelo. No local, as religiosas são monges de clausura, tendo como missão a oração e sacrifício em prol das almas.
Durante a atuação na vida religiosa, Madre Carminha criou a 'Obra do Berço', atuando com o cuidado de mães, fazendo roupas para as crianças com retalhos que sobravam dos lençóis feitos para noivas.
Com o falecimento de Carminha, o Carmelo em Tremembé começou a passar por dificuldades financeiras, sendo que a única alternativa seria o fechamento da unidade na cidade e a abertura em outro estado.
A papelada para a transferência do Carmelo já estava resolvida e quando foram retirar o corpo da Madre em 1972, que estava enterrado no local, os moradores viram que o corpo da religiosa estava intacto, mesmo anos após a morte. A população ficou sabendo e reivindicou que o Carmelo continuaria na cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário