Religiosa faleceu em 1966 - Processo de beatificação corre em Roma, a partir do relato de um milagre atribuído à Madre
Madre Carminha morreu aos 66 anos
Uma pessoa amável, humilde e mansa. Foi assim que Madre Carminha, que viveu em Tremembé, no interior de São
Paulo, foi classificada por psicólogos que estudaram sua trajetória.
A religiosa, que faleceu em 1966, passou a vida dedicada a acolher e escutar os
mais necessitados. Agora, o Vaticano deu início às investigações de um milagre
atribuído como intercessão dela, para decidir se a Madre pode ser declarada
beata. O milagre é mantido em sigilo.
A beatificação é uma das etapas de reconhecimento da Igreja Católica em relação
à santidade de um religioso. Tornar-se beata é uma etapa que antecede a
canonização, quando a pessoa é de fato declarada como santa.
O processo em busca de declarar a santidade da Madre, apesar de avançado,
começou há pelo menos 15 anos, pela Diocese de Taubaté.
Para ser considerada beata, é preciso provar que um religioso foi intercessor
de um milagre ou sofreu um martírio. Já para ser declarado como santo ou santa,
é necessário que o religioso seja canonizado e tenha mais de um milagre
comprovado.
No abrigo Carmelo de Tremembé, a expectativa é grande para que Madre Carminha
seja considerada beata e, posteriormente, santa.
Madre Carminha - Madre Carminha nasceu
em Itu (SP), mas foi criada em Campinas (SP), antes de chegar em Tremembé para
fundar o Carmelo. No local, as religiosas são monges de clausura, tendo como
missão a oração e sacrifício em prol das almas.
Durante a atuação na vida religiosa, Madre Carminha criou a 'Obra do Berço', atuando com o cuidado
de mães, fazendo roupas para as crianças com retalhos que sobravam dos lençóis
feitos para noivas.
Com o falecimento de Carminha, o Carmelo em Tremembé começou a passar por
dificuldades financeiras, sendo que a única alternativa seria o fechamento da
unidade na cidade e a abertura em outro estado.
A papelada para a transferência do Carmelo já estava resolvida e quando
foram retirar o corpo da Madre em 1972, que estava enterrado no local, os
moradores viram que o corpo da religiosa estava intacto, mesmo anos após a
morte. A população ficou sabendo e
reivindicou que o Carmelo continuaria na cidade.
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