Só neste ano, foram registrados furtos de 'fontes' do tipo APM (equipamentos de internet) nas cidades de Maracanaú, Pindoretama, Caucaia, Pacujus, Itaipaba, Mulungu e Beberibe
Marcos Paulo foi preso por PMs, em Caucaia
A oferta de internet
clandestina é uma prática que vem tomando espaço no Ceará. Uma fonte da
Inteligência da Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS), afirma
existir a presença das facções criminosas por trás do crime, incluindo furto de
equipamentos de grandes operadoras de telefonia.
Um boletim de ocorrência, consta que só de uma empresa, em 2024, foram
furtados, pelo menos, 19 equipamentos. Cada um deles com valor aproximado de R$
15 mil. Os casos estão em investigação na Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).
Moradores do residencial Cidade Jardim, em Fortaleza, estariam sendo forçados a
aderir à internet ilegal, conforme a fonte, de identidade preservada: "é
um esquema que vem crescendo na Capital e na Região Metropolitana. Funcionários
terceirizados das grandes operadoras estariam furtando equipamentos e
repassando para a internet clandestina. Esses equipamentos são do tipo que só
podem ser adquiridos por empresas oficiais, com autorização da Anatel".
Por nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou
"que a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) está conduzindo ações
investigativas para apurar as circunstâncias de furtos de fontes de
transmissores utilizadas em sistemas de telecomunicações. Boletins de
Ocorrência (BOs) relatando esses casos foram devidamente registrados".
PRISÃO RECENTE - Só neste ano, foram
registrados furtos de 'fontes' do tipo APM (equipamentos de internet) nas
cidades de Maracanaú, Pindoretama, Caucaia, Pacujus, Itaipaba, Mulungu e
Beberibe.
O modus operandi costuma se repetir: "os armários onde ficavam as
fontes são acessados pelos criminosos por meio de chave, portanto, sem sinal de
arrombamento".
No último mês de junho, um suspeito que trabalhava em uma operadora foi
preso em flagrante. Marcos Paulo de
Oliveira foi detido em Caucaia, no dia 22 de junho, em posse de um
equipamento da empresa.
O equipamento havia sido subtraído de uma sede da empresa em Paracuru. O
suspeito confessou o crime, dizendo já na delegacia que venderia a fonte por R$
1.200 e que já tinha furtado outro equipamento na empresa.
O suspeito não informou a quem venderia o equipamento e disse que
"estava passando por dificuldades financeiras". Ele foi solto em
audiência de custódia, horas após a prisão e indiciado pela Polícia Civil do
Ceará por furto qualificado por abuso de confiança. Não há indicativos que ele faça parte de organização criminosa.
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