segunda-feira, 1 de julho de 2024

Facções criminosas comercializam internet clandestina com equipamentos furtados no Ceará

Só neste ano, foram registrados furtos de 'fontes' do tipo APM (equipamentos de internet) nas cidades de Maracanaú, Pindoretama, Caucaia, Pacujus, Itaipaba, Mulungu e Beberibe

Marcos Paulo foi preso por PMs, em Caucaia

A oferta de internet clandestina é uma prática que vem tomando espaço no Ceará. Uma fonte da Inteligência da Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS), afirma existir a presença das facções criminosas por trás do crime, incluindo furto de equipamentos de grandes operadoras de telefonia.
Um boletim de ocorrência, consta que só de uma empresa, em 2024, foram furtados, pelo menos, 19 equipamentos. Cada um deles com valor aproximado de R$ 15 mil. Os casos estão em investigação na Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).
Moradores do residencial Cidade Jardim, em Fortaleza, estariam sendo forçados a aderir à internet ilegal, conforme a fonte, de identidade preservada: "é um esquema que vem crescendo na Capital e na Região Metropolitana. Funcionários terceirizados das grandes operadoras estariam furtando equipamentos e repassando para a internet clandestina. Esses equipamentos são do tipo que só podem ser adquiridos por empresas oficiais, com autorização da Anatel".
Por nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou "que a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) está conduzindo ações investigativas para apurar as circunstâncias de furtos de fontes de transmissores utilizadas em sistemas de telecomunicações. Boletins de Ocorrência (BOs) relatando esses casos foram devidamente registrados".

PRISÃO RECENTE - Só neste ano, foram registrados furtos de 'fontes' do tipo APM (equipamentos de internet) nas cidades de Maracanaú, Pindoretama, Caucaia, Pacujus, Itaipaba, Mulungu e Beberibe.
O modus operandi costuma se repetir: "os armários onde ficavam as fontes são acessados pelos criminosos por meio de chave, portanto, sem sinal de arrombamento".
No último mês de junho, um suspeito que trabalhava em uma operadora foi preso em flagrante. Marcos Paulo de Oliveira foi detido em Caucaia, no dia 22 de junho, em posse de um equipamento da empresa.
O equipamento havia sido subtraído de uma sede da empresa em Paracuru. O suspeito confessou o crime, dizendo já na delegacia que venderia a fonte por R$ 1.200 e que já tinha furtado outro equipamento na empresa.
O suspeito não informou a quem venderia o equipamento e disse que "estava passando por dificuldades financeiras". Ele foi solto em audiência de custódia, horas após a prisão e indiciado pela Polícia Civil do Ceará por furto qualificado por abuso de confiança. Não há indicativos que ele faça parte de organização criminosa

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