quarta-feira, 17 de julho de 2024

Suspeito de matar PM foi preso em motel com adolescente e tinha mandado de prisão aberto

O homem preso confessou atirar contra o policial, mas alegou que o confundiu com um membro de uma facção rival - A Polícia Civil descreveu o caso como 'um homicídio cometido com requintes de crueldade'

Soldado David dos Santos era natural de São Caetano do Sul e havia ingressado na Polícia Militar do Ceará há dois anos

O suspeito de matar o policial militar David dos Santos Silva, de 30 anos, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no último sábado (13), foi preso no domingo (14), em um motel, com uma adolescente - sua namorada. Ele já tinha um mandado de prisão em aberto, que foi cumprido. A Polícia procura por outros participantes do homicídio.
Wellington dos Santos Sousa, 25, conhecido como 'Maguin', foi capturado em um motel em Caucaia, onde se escondeu depois do crime. O suspeito, que é integrante da facção Massa Carcerária, confessou atirar contra o policial, mas alegou que o confundiu com um membro de uma facção rival.
O soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) David Silva foi assassinado por volta de 17h do sábado (13). Uma hora depois, Wellington Sousa deu entrada no motel, sozinho. Por volta de 19h30, a adolescente de 15 anos chegou ao local, em um carro utilizado para corridas por aplicativos. A identidade da jovem não foi solicitada pela administração do motel. O casal dormiu no estabelecimento, naquela noite.
Ao ser preso, o suspeito confessou que obrigou um vizinho a guardar a arma de fogo utilizada no crime contra o policial militar. Policiais apreenderam uma pistola calibre Ponto 40.
Wellington Sousa tinha um mandado de prisão em aberto, oriundo da 4ª Vara de Execuções Penais da Comarca de Fortaleza, pelos crimes de roubo e tráfico de drogas.

CRIME COM 'REQUINTES DE CRUELDADE' - A Polícia Civil definiu, em um relatório, o assassinato do PM David dos Santos Silva como um "um homicídio cometido com requintes de crueldade".
O soldado ia entregar suplementos esportivos (de uma empresa em que era sócio) em uma motocicleta, quando foi alvejado. Após ser baleado, o militar teve a arma sacada por criminosos e utilizada contra si próprio. Quando outros policiais chegaram ao local, David já estava morto.
12 TIROS foram efetuados contra o policial militar - sendo 7 disparos na cabeça e 5, nas costas. O PM ainda foi golpeado duas vezes por um machado, na cabeça e no pescoço.
A vítima era natural de São Caetano do Sul, São Paulo, e havia ingressado na Polícia Militar do Ceará há dois anos.
Ao ser interrogado na Delegacia Metropolitana de Caucaia, Wellington dos Santos Sousa afirmou que efetuou o primeiro disparo contra o policial militar porque acreditava que ele era um integrante da facção Comando Vermelho.
Segundo Wellington, as duas facções disputam territórios em Caucaia. O suspeito afirmou que atirou da varanda de casa, quando outras pessoas gritaram "pega o pilantra" com a aproximação do PM.
"Em seguida, eu vi umas pessoas gritando que o tal pilantra, na verdade, era polícia. Aí eu fiquei com medo e saí fugindo pelos telhados das casas", alegou o suspeito, que disse desconhecer quem efetuou os outros disparos e usou um machado para terminar o crime contra o policial militar.

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