O policial é réu em outro processo por homicídio que, atualmente, está suspenso
Pai e filho foram mortos a tiros no Eusébio
O Tribunal de Justiça
do Ceará (TJCE) negou a liminar com pedido de admissibilidade do incidente de
insanidade mental para o policial militar Paulo
Roberto Rodrigues de Mendonça, acusado de matar a tiros pai e filho na
cidade do Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
A decisão foi proferida no último dia 18 deste mês de setembro e publicada no
Diário da Justiça Eletrônico do dia 23 deste mês. A defesa do réu havia alegado
constrangimento ilegal "em face da ausência de fundamentação da decisão
que negou a instauração deste incidente".
Contra o PM também há investigação acerca do assassinato de um empresário, em
Fortaleza. A defesa do PM também pediu para instaurar insanidade mental neste
outro processo e, no último dia 17 deste mês, o pedido foi deferido na 3ª Vara
do Júri, com parecer favorável do Ministério Público do Ceará (MPCE).
PRISÃO - O policial foi preso em flagrante no
dia 18 de agosto de 2023, por suspeita de executar a tiros Francisco Adriano da
Silva, de 42 anos, e o seu filho, de 13 anos, em um carro, no Eusébio.
As vítimas estavam no carro quando foram executadas
O militar foi
denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por duplo homicídio
qualificado (com as qualificadoras de crueldade, impossibilidade de defesa das
vítimas, emprego de arma de fogo de uso restrito e contra menor de 14 anos).
A família estava a caminho do colégio onde o adolescente estudava quando foi
executada. O suspeito chegou a tentar fugir após o crime e houve perseguição.
A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) concluiu que as munições encontradas no
corpo do menino saíram da arma de fogo apreendida com o soldado
O caso segue sob segredo de Justiça e também é apurado na seara administrativa,
pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD).
MORTE DO EMPRESÁRIO - Paulo Roberto já tinha
sido indiciado pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI) por homicídio
qualificado (por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da
vítima) contra Carlos Cézar Rabelo de Oliveira, em Fortaleza, no dia 17 de
abril de 2023.
Um ano depois, o militar foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará
devido ao assassinato do empresário. Consta na denúncia que a vítima tinha
inimizades e que "rotineiramente contratava empréstimos com agiotas".
Agora, com o deferimento da insanidade mental neste processo do homicídio
do empresário, a ação penal fica temporariamente suspensa. O réu deve ser
submetido a exame médico-legal.
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