O drone foi abatido por tiros efetuados por policiais penais,
no dia 19 de agosto deste ano
Uma investigação da
Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Ceará (Ficco/CE) e da
Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP)
descobriu que um drone, abatido por policiais penais em um presídio cearense,
em agosto deste ano, era destinado a um chefe da facção criminosa carioca
Comando Vermelho (CV) que estava preso.
Mesmo já detido, Leandro Ferreira de
Freitas foi alvo de um novo mandado de prisão preventiva, na Operação
Falcão Noturno, deflagrada nesta quinta-feira (21). Outros dois suspeitos de
participarem do esquema criminoso também foram alvos de mandados de prisão: Iran Rafael Farias e José Salviano da Silva
Lima.
Cinco mandados de busca e apreensão também foram cumpridos pelos policiais, em
endereços de Fortaleza e Itaitinga, durante a Operação. As ordens judiciais
foram expedidas pela Vara de Delitos de Organização Criminosa, da Justiça
Estadual. Um quarto homem também foi alvo da Operação e será monitorado pelas
autoridades por tornozeleira eletrônica.
Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na cela onde Leandro de
Freitas já estava preso, na Unidade Prisional Professor José Jucá Neto
(UP-Itaitinga 3), em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Smartwatches, aparelhos celulares,
documentos e um artefato eletrônico (semelhante a um "carregador
artesanal") foram apreendidos no local.
A Ficco começou a investigar a quadrilha após receber informações da SAP sobre
a apreensão de um drone que sobrevoava a UP-Itaitinga 3. O equipamento
eletrônico foi abatido por tiros efetuados por policiais penais, no dia 19 de
agosto deste ano.
O drone abatido transportava um pacote,
que continha outros acessórios eletrônicos: 4 smartwatches, 2 carregadores, 4
cabos de carregamento e 3 chips de celular. O material foi apreendido pela
Polícia Penal.
Quadrilha especializada no uso de drone - A investigação da Ficco aponta que a quadrilha alvo da Operação Falcão
Noturno é ligada à facção Comando Vermelho e se especializou no uso de drones
para atividades criminosas.
Leandro Ferreira de Freitas, que receberia o pacote transportado pelo
drone, seria uma liderança da organização criminosa. O objetivo da quadrilha
era criar um canal de comunicação com o chefe, para planejar novos crimes.
Leandro de Freitas já foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará
(MPCE), com outras três pessoas, por participar do planejamento do assassinato
de um policial militar e da sua mãe, em Fortaleza.
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