João Gregório Neto, prefeito de Granjeiro na época, foi
assassinado a tiros enquanto caminhava próximo à parede do Açude Junco. Era uma manhã de terça-feira, 24 de dezembro de 2019, às vésperas da
comemoração natalina. A vítima foi atingida pelas costas e morreu no local.
Cinco anos após o crime, a família
ainda aguarda pelo julgamento dos dez réus pronunciados pelo homicídio. Entre
eles, o ex-vice prefeito de Granjeiro, Ticiano da Fonseca Félix, o pai dele,
Vicente Félix de Sousa, e o tio, José Plácido da Cunha. Todos foram presos
durante a investigação, mas foram soltos pela Justiça.
Dos três, apenas José Plácido da Cunha está sendo monitorado por tornozeleira
eletrônica. Ele foi o último a ser preso. Estava foragido da justiça e foi
capturado em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, em junho deste
ano.
Os últimos cinco anos foram de perdas
para a família de João Gregório. Os pais do prefeito assassinado também
faleceram há 3 anos. Segundo familiares, eles ficaram muito abatidos com a
morte de um dos sete filhos. E o mês de
dezembro é sempre marcado pela dor.
Como estão os réus - O processo criminal
sobre o assassinato de João Gregório Neto está em segredo de justiça. São dez
acusados pronunciados, que podem ir a júri popular por decisão judicial:
Vicente Félix de Sousa, Ticiano da Fonseca Félix, José Plácido da Cunha, Mayron
Myrray Bezerra Aranha, Francisco Rômulo Brasil Leal dos Santos, Anderson
Maurício Rodrigues, Wendel Alves de Freitas Mendes, Thyago Gtthyerre Pereira
Alves, Wylliano Ferreira da Silva e Joaquim Maximiliano Borges Clementino.
Mayron Myrray Bezerra Aranha é ex-policial militar. Ele é acusado de
coordenador o assassinato, seria a ponte entre os autores intelectuais e o
executor. Ele é um dos seis acusados que fazem uso de tornozeleira eletrônica.
Sobre o ex-policial militar, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos
da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD) informou que o processo
administrativo em andamento contra ele está atualmente em tramitação. E que no
âmbito criminal, a responsabilidade pelo processo é da Justiça Estadual.
Ressaltou também que em outro procedimento, o denunciado foi demitido pela
Controladoria.
Vicente Félix de Sousa saiu da cadeia em 2021 e passou a cumprir prisão
domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica em cumprimento a uma decisão
judicial, mas o prazo da medida imposta pelo poder judiciário já encerrou. De
acordo com o advogado de defesa de Vicente e Ticiano, eles estão sem o uso de
tornozeleira eletrônica por questões de saúde.
Vicente em razão de uma
diabetes e Ticiano por ter sido submetido a dois procedimentos cirúrgicos na
coluna cervical. Mas, segundo a defesa, ambos continuam a cumprir outras
medidas cautelares que a Justiça aplicou. Como exemplos, a impossibilidade de
ter contato com os demais acusados e testemunhas do processo, além da proibição
de frequentar o município de Granjeiro.
Francisco Rômulo Brasil Leal dos Santos, Wendel Alves de Freitas Mendes, Thyago
Gtthyerre Pereira Alves e Joaquim Maximiliano Borges Clementino também estão
sendo monitorados com o uso de tornozeleira eletrônica.
Demora no julgamento - Sobre a demora no julgamento, o Tribunal de Justiça do Ceará respondeu em nota que o referido caso encontra-se em segredo de justiça e, por este motivo, não podem ser repassadas mais informações. Disse ainda que o acesso aos autos é resguardado às partes envolvidas e aos seus advogados.
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