sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Ex-PM do Ceará acusado de homicídio e inocentado deve ser reintegrado à corporação

 O Estado chegou a recorrer alegando independência da instância administrativa

A demissão foi informada em 2012

O juiz da Vara da Auditoria Militar do Ceará decidiu que o ex-policial militar Francisco Antônio Martins Militão seja reintegrado com urgência aos quadros da Polícia Militar do Ceará (PMCE). Francisco foi excluído da Corporação em 2012, enquanto estava sob acusação de um crime de homicídio.
Em 2018, Militão foi inocentado na esfera criminal pelo assassinato ocorrido em julho de 2011, em Paraipaba, tendo como vítima Francisco Carlos Cunha Rodrigues. No entanto, em 2012 o então agente da Segurança Pública do Ceará foi demitido, após o fim do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que decidiu que o "autor é culpado das acusações e está incapacitado de permanecer nas fileiras da corporação".
A defesa do ex-PM entrou com pedido de reintegração na Justiça do Ceará. De acordo com decisão recente publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) da última segunda-feira (9), Militão deve ser reintegrado no prazo de até 15 dias à PMCE, "na mesma situação da época da exclusão".
Consta na sentença que caso o Estado não cumpra com a decisão judicial, pode ficar sob pena de multa diária no valor de R$ 500, por dia de descumprimento, limitados a 60 dias.
Militão negou ter participado do crime e disse que na data do homicídio estava lotado em outra cidade do Ceará. Os jurados decidiram pela absolvição “por negativa de autoria”.
Romildo Ferreira Pessoa é o segundo acusado pelo homicídio de Francisco Carlos. Ele alega ter agido em legítima defesa. O júri segue pendente.

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