segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Fotos de vítimas assassinadas por policiais são encontradas em computador de PM preso por simular confrontos

Material foi encontrado em pastas no notebook do soldado Lucas Alexandre Rufino Araruna

Gleison Manuel Eduardo, Royner Alexander Peres e Jonas Miqueias da Silva, assassinados em confrontos policiais

Investigadores encontraram fotos de ao menos cinco jovens assassinados por policiais militares no computador do soldado Lucas Alexandre Rufino Araruna, preso desde abril deste ano por suspeita de simular confrontos policiais para matar pessoas. Os documentos, foram enviados à Justiça e Ministério Público de Roraima na última terça-feira (3).
As investigações fazem parte da operação Janus, que também investiga o sargento Arnaldo Cinsinho Silva Melville e o soldado André Galúcio Souza por suspeita de envolvimento nos crimes. Todos estão presos desde abril.
As fotos estavam em pastas de um HD do notebook do PM e são de vítimas que faziam parte de facções criminosas e tinham envolvimento com crimes como tráfico de drogas e assassinatos, segundo as investigações. Das sete fotos encontradas, ao menos cinco ocorreram em supostos confrontos policias. Outras duas estão em investigação.

Operação Janus - Os três policiais são alvos de uma ação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) em parceria com a Polícia Civil, deflagrada em abril. As investigações da Sesp e Polícia Civil apontam que os policiais militares investigados entravam nas residências das vítimas, mesmo sem ordem judicial e, em alguns casos, sem acionamento para ocorrência.
Eles justificavam a resistência por parte das pessoas para realizar as execuções. Após atirar nas vítimas e matá-las, os suspeitos levavam as vítimas para o hospital e retiravam as cápsulas do local do crime sob a alegação de prestação de socorro.
No entanto, segundo as investigações, eles manuseavam os corpos com descaso e em "100% dos casos, os socorridos já chegaram mortos" no hospital. A suspeita é de que eles adulteravam os locais dos crimes para dificultar o resultado da perícia da Polícia Civil no local. À época, a Polícia Militar repudiou o caso.

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