Uma mulher trans em situação de
rua que estava cumprindo pena em regime semiaberto, com o uso de
uma tornozeleira eletrônica, teve sua pena alterada após danificar a
tornozeleira por medo de voltar à prisão. De acordo com os defensores,
como não tinha residência fixa e vivia em situação de vulnerabilidade, a mulher
não conseguia manter o funcionamento do equipamento, que precisa de energia
elétrica. O caso aconteceu em Iguatu.
Segundo a defensoria, danificar o equipamento foi um ato de desespero por medo
de voltar à prisão. Tendo em vista, que logo após ela procurou as autoridades
para contar o que aconteceu, deixando claro que ela não havia quebrado o
equipamento para fugir.
“Por meio da atuação da Defensoria
Pública, foi possível reverter a regressão de regime e retirar a monitoração
eletrônica, já que o dispositivo se mostrou incompatível com a realidade que
vive. Além disso, foram incluídas condições mais viáveis para o cumprimento da
pena, como o acompanhamento no CAPS para tratamento da dependência química e
comparecimento mensal ao Núcleo de Alternativas Penais”.
Além disso, foi garantido o respeito ao nome social e à identidade de gênero da
mulher durante o processo.
Matheus Camacho, defensor público da 1ª
Vara Criminal da Comarca de Iguatu, que atuou no caso, afirmou: “a Defensoria tem essa função de olhar além
do processo, de enxergar a pessoa que está ali, com todas as suas
vulnerabilidades, e buscar efetivar seus direitos. Mais do que garantir algo de
forma objetiva, é sobre dar confiança de que algo está sendo feito para mudar
sua realidade”.
domingo, 22 de dezembro de 2024
Mulher trans em situação de rua tem pena alterada em Iguatu
O caso aconteceu em Iguatu
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