Alvos são apontados por lavagem de dinheiro e crimes
financeiros
A Polícia Federal (PF),
em ação de colaboração com a Organização Internacional de Polícia Criminal
(Interpol), deflagrou na manhã desta quarta-feira (4), a operação Calábria, que
resultou no cumprimento 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 32ª
Vara Federal de Fortaleza. A ofensiva realizou buscas nos municípios de
Fortaleza, Eusébio e Aquiraz, no Ceará, e em Natal, no Rio Grande do Norte.
A mobilização da PF visa coletar indícios para subsidiar um inquérito policial,
norteado por uma notícia-crime enviada pela Guardia di Finanza, órgão especial
de polícia da Itália, que apontou movimentações financeiras suspeitas entre a
Itália e o Brasil, de contas bancárias de italianos supostamente ligados a uma
das maiores organizações criminosas do mundo, originada no país europeu. As
investigações descobriram um esquema de abertura e administração de empresas de
fachada usadas por contadores e advogados, e registradas em endereços únicos ou
fictícios. Segundo a polícia, as instituições foram usadas para transferir recursos
ilícitos vindos da Europa.
O grupo é investigado por lavar dinheiro no Brasil, especialmente no Ceará,
além de viabilizar a obtenção de vistos de investidor e cidadania brasileira
para estrangeiros envolvidos. Além dos mandados de busca e apreensão, a PF cumpriu
ordens judiciais de suspensão de atividades das empresas envolvidas e suspensão
do visto de investidor dos suspeitos. Entre os crimes investigados estão:
lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e crimes financeiros contra a
ordem tributária, cujas penas podem somar até 30 anos de prisão. A ação
conjunta tem o objetivo de desarticular completamente a organização criminosa
com atuação no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário