Os dois suspeitos integravam a mesma facção de Fellype Abdoral Sales de Oliveira - Eles foram condenados por matar três PMs em 2018
Fellype Abdoral Sales de Oliveira, de 32 anos, era apontado
como integrante do Conselho Final da facção Guardiões do Estado (GDE)
Dois presos foram
autuados em flagrante pelo homicídio que vitimou Fellype Abdoral Sales de Oliveira, de 32 anos, crime ocorrido na última
terça-feira (3), na Unidade Prisional Professor José Jucá Neto (UP-Itaitinga3),
localizada na Região Metropolitana de Fortaleza. Eles foram identificados como Waldiney de Melo Lima, o “Taxista”, de
40 anos; e Raimundo Costa Silveira Neto,
o “Raimundo Geladeira”, de 42 anos. Encaminhados à Delegacia Metropolitana
de Itaitinga, a dupla se valeu do direito de permanecer em silêncio durante o
depoimento.
Os policiais penais que testemunharam o crime informaram que Fellype Abdoral foi executado durante o
banho de sol. Após uma discussão, os acusados teriam efetuado diversos
golpes na vítima com uma arma artesanal. Ao
todo, 27 golpes foram desferidos.
Os policiais contaram que chegaram a efetuar disparos de munição menos letal,
mas não conseguiram impedir a consumação do crime. Um dos agentes de segurança
informou ter atirado oito vezes, enquanto um outro disse ter disparado outras
seis.
Após dispersarem o tumulto, os policiais socorreram Fellype Abdoral para a
enfermaria, mas ele não resistiu. Em nota, a Secretaria da Administração
Penitenciária e Ressocialização (SAP) afirmou que tanto a vítima, quanto os
suspeitos integravam a mesma facção criminosa.
Fellype Abdoral, que também era conhecido como “F” ou “Águia”, já havia sido
apontado como integrante do “Conselho Final” da organização criminosa.
Suspeitos foram condenados por matar
três PMs em 2018 - Waldiney e Raimundo também já foram apontados como tendo
cargos de comando na facção. Eles foram condenados por envolvimento na execução
de três policiais militares em um bar do bairro Vila Manoel Sátiro, em
Fortaleza, em 2018. Na investigação do triplo homicídio, uma testemunha afirmou
que eles integravam uma célula da GDE conhecida como “Conselho Missão”.
Ainda na terça-feira, um “salve”
atribuído à GDE circulou nas redes sociais descrevendo os supostos motivos para
a execução de Fellype Abdoral. Conforme o texto, a morte da vítima já estava “decretada”, uma vez que ele seria
próximo a Francisco Lucas da Silva Pereira, o “Chico da Barra”, outro homem que já foi apontado como uma das
principais lideranças da GDE, mas que, hoje, teria deixado a organização. O
salve acusa Chico da Barra de ter tomado as “quebradas” de comparsas da facção que estavam presos. Ele ainda
teria mandado matar outros integrantes da GDE, assim como teria, após ser
preso, enviado uma ordem para que os seus comandados “rasgassem a camisa” da facção.
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