terça-feira, 24 de dezembro de 2024

SINDPOL-CE e Delegado defendem policiais civis de Iguatu após denúncias de supostas ameaças

O Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (SINDPOL-CE) veio a público manifestar apoio irrestrito aos Policiais Civis lotados no município de Iguatu

Uma operação das Polícias Civil e Militar realizada em Iguatu resultou na prisão de Emily Kaline Carvalho Gomes suspeita de tráfico de drogas, com apreensão de celulares, drogas, mais de R$ 47 mil, um veículo e outros materiais ilícitos. Posteriormente, um boletim de ocorrência registrado pela advogada Márcia Rúbia Batista Teixeira acusou dois policiais civis de suposta ameaça e perseguição durante a ação. A denúncia causou surpresa e mobilizou o Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (SINDPOL-CE) e o delegado responsável pelo caso, José Solano Feitosa, que saíram em defesa dos agentes.

Detalhes da denúncia - Na quarta-feira (18), um boletim de ocorrência foi registrado relatando denúncia de suposta ameaça feita por policiais civis da Delegacia Regional de Iguatu. O fato supostamente ocorreu às 19h30, na Avenida Juscelino Kubitschek, nº 1225, no bairro Esplanada II, conforme o documento de nº 479-8209/2024.
Segundo o boletim, a vítima, identificada como Márcia Rúbia Batista Teixeira, advogada de 49 anos, declarou que recebeu ameaças de dois policiais civis enquanto acompanhava uma cliente em um procedimento de prisão em flagrante. De acordo com o relato, os policiais, identificados apenas como Natanael e Dos Anjos, afirmaram: “Pra gente era uma questão de honra lhe prender. A próxima vai ser sua advogadazinha Márcia Rúbia e o prefeito Roberto Filho”.
Márcia relatou ainda que as ameaças geraram um clima de intimidação, tanto para ela quanto para seus clientes, que têm expressado receio de contratá-la, temendo represálias. A advogada formalizou a intenção de representar criminalmente contra os envolvidos e citou sua cliente, Emilly, a mulher que foi presa suspeita de tráfico de drogas, como testemunha dos fatos.
O registro do boletim de ocorrência foi consolidado na mesma noite, às 22h46, pela Delegacia Regional de Iguatu.

Quem é Emilly - Emily já era conhecida das autoridades, tendo sido mencionada em relatórios da Operação Tempestade 2. Ela foi registrada entrando no escritório de Márcia, durante o período eleitoral, no mesmo período frequentava os coordenadores de campanha. Os registros apresentados no relatório da Polícia indicam supostos vínculos entre atividades criminosas e financiamento de campanha. A audiência de custódia de Emily foi acompanhada por Márcia Teixeira, sua advogada de defesa, que, apesar do material encontrado, afirma que a operação é fruto de perseguição. Emily, em seu depoimento, menciona o prefeito eleito Roberto Filho e alega supostamente que “ambos são perseguidos”, envolvendo novamente o prefeito em operações policiais relacionadas ao tráfico de drogas.
O suposto vazamento do relatório da Polícia Civil resultou no afastamento e transferência do delegado Wesley Alves, que era titular da Delegacia de Iguatu. A acusação foi feita pela Coligação “Iguatu Merece Mais” do prefeito eleito Roberto Filho, que solicitou o afastamento do delegado Weslley Alves de suas funções eleitorais, fundamentando o pedido em alegações de desvio de finalidade e abuso de autoridade.  Uma apuração interna foi aberta pela Corregedoria para apurar os fatos. Á época sobre a acusação de vazamento de informações sigilosas, Wesley destacou que os dados já estavam disponíveis no sistema judicial e acessíveis a diversas autoridades e advogados, questionando o motivo pelo qual somente ele foi apontado como suspeito.

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