O Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (SINDPOL-CE) veio a
público manifestar apoio irrestrito aos Policiais Civis lotados no município de
Iguatu
Uma operação das
Polícias Civil e Militar realizada em Iguatu resultou na prisão de Emily Kaline Carvalho Gomes suspeita de
tráfico de drogas, com apreensão de celulares, drogas, mais de R$ 47 mil, um
veículo e outros materiais ilícitos. Posteriormente, um boletim de ocorrência
registrado pela advogada Márcia Rúbia
Batista Teixeira acusou dois policiais civis de suposta ameaça e
perseguição durante a ação. A denúncia causou surpresa e mobilizou o Sindicato
dos Policiais Civis do Ceará (SINDPOL-CE) e o delegado responsável pelo caso, José Solano Feitosa, que saíram em
defesa dos agentes.
Detalhes da denúncia - Na quarta-feira (18),
um boletim de ocorrência foi registrado relatando denúncia de suposta ameaça
feita por policiais civis da Delegacia Regional de Iguatu. O fato supostamente
ocorreu às 19h30, na Avenida Juscelino Kubitschek, nº 1225, no bairro Esplanada
II, conforme o documento de nº 479-8209/2024.
Segundo o boletim, a vítima, identificada como Márcia Rúbia Batista Teixeira, advogada de 49 anos, declarou que
recebeu ameaças de dois policiais civis enquanto acompanhava uma cliente em um
procedimento de prisão em flagrante. De acordo com o relato, os policiais,
identificados apenas como Natanael e Dos Anjos, afirmaram: “Pra gente era uma questão de honra lhe
prender. A próxima vai ser sua advogadazinha Márcia Rúbia e o prefeito
Roberto Filho”.
Márcia relatou ainda que as ameaças geraram um clima de intimidação, tanto
para ela quanto para seus clientes, que têm expressado receio de contratá-la,
temendo represálias. A advogada formalizou a intenção de representar
criminalmente contra os envolvidos e citou sua cliente, Emilly, a mulher que
foi presa suspeita de tráfico de drogas, como testemunha dos fatos.
O registro do boletim de ocorrência foi consolidado na mesma noite, às
22h46, pela Delegacia Regional de Iguatu.
Quem é Emilly - Emily já era conhecida
das autoridades, tendo sido mencionada em relatórios da Operação Tempestade 2.
Ela foi registrada entrando no escritório de Márcia, durante o período
eleitoral, no mesmo período frequentava os coordenadores de campanha. Os
registros apresentados no relatório da Polícia indicam supostos vínculos entre
atividades criminosas e financiamento de campanha. A audiência de custódia de Emily
foi acompanhada por Márcia Teixeira, sua advogada de defesa, que, apesar do
material encontrado, afirma que a operação é fruto de perseguição. Emily, em
seu depoimento, menciona o prefeito eleito Roberto Filho e alega supostamente
que “ambos são perseguidos”, envolvendo novamente o prefeito em operações
policiais relacionadas ao tráfico de drogas.
O suposto vazamento do relatório da Polícia Civil resultou no afastamento e
transferência do delegado Wesley Alves, que era titular da Delegacia de Iguatu.
A acusação foi feita pela Coligação “Iguatu Merece Mais” do prefeito eleito
Roberto Filho, que solicitou o afastamento do delegado Weslley Alves de suas
funções eleitorais, fundamentando o pedido em alegações de desvio de finalidade
e abuso de autoridade. Uma apuração
interna foi aberta pela Corregedoria para apurar os fatos. Á época sobre a acusação
de vazamento de informações sigilosas, Wesley destacou que os dados já estavam
disponíveis no sistema judicial e acessíveis a diversas autoridades e
advogados, questionando o motivo pelo qual somente ele foi apontado como
suspeito.
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