Homem foi preso em flagrante na última quinta-feira, mas foi
solto pela Justiça Estadual no dia seguinte, em audiência de custódia
Polícia Civil realizou a prisão em flagrante do suspeito na
sua residência, em Pacatuba
Um homem de 50 anos,
apontado pela Polícia como chefe da facção criminosa carioca Comando Vermelho
(CV) em Maracanaú e Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi
preso em flagrante na última quinta-feira (23), mas foi solto pela Justiça
Estadual no dia seguinte, em audiência de custódia. O suspeito teria
"rasgado a camisa" (ou seja, trocado de grupo) da facção cearense
Guardiões do Estado (GDE) após a morte do filho em um presídio cearense, em
dezembro do ano passado.
Ao ser interrogado na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas
(Draco), da Polícia Civil do Ceará (PCCE), Carlos
Alberto Portela sustentou que "nunca integrou organização
criminosa", mas confirmou que tem conhecimento que está decretado de morte
pela GDE e que sofreu uma tentativa de homicídio, também em dezembro de 2024.
Ele afirmou que trabalha como assessor parlamentar de um vereador de Maracanaú
e que também é proprietário de um abatedor de animais.
Carlos Alberto Portela, de 50 anos, se identificou para a
Polícia Civil como assessor parlamentar e empresário
Carlos Alberto Portela,
conhecido como 'Beto Dois', foi preso pela Polícia Civil na sua residência, no
bairro Pavuna, em Pacatuba. Segundo os policiais civis que realizaram a prisão,
o homem de 50 anos "rasgou a camisa" da GDE e assumiu a liderança do
CV na Pavuna e nas regiões da Pajuçara e Jardim Bandeirantes, em Maracanaú.
Os investigadores apontaram um aumento de homicídios nessas regiões, nas
últimas semanas, devido à disputa entre as duas organizações criminosas por
territórios para o tráfico de drogas.
'Beto Dois' foi decretado de morte pela facção Guardiões do Estado, conforme as
investigações da Draco. Ao realizar diligências em busca do suspeito, os
agentes encontraram "soldados de guerra" do Comando Vermelho,
armados, fazendo a segurança do chefe do grupo criminoso.
Os policiais justificaram a prisão em flagrante de Carlos Alberto, no
inquérito, pelo fator de que "o crime de integrar organização criminosa é
permanente, enquanto o infrator permanecer no coletivo criminoso".
Entretanto, nenhum ilícito foi apreendido com o suspeito.
Morte do filho em presídio - Os investigadores da Draco também apontaram que Carlos Alberto Portela
"rasgou a camisa" da GDE após o seu filho ser morto pela facção
criminosa, dentro do Sistema Penitenciário do Ceará.
Paulo Roberto Ferreira Portela, o
'Paulim', foi assassinado na Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto
(UP-Itaitinga 2), durante o banho de sol dos detentos, na manhã de 27 de
dezembro do ano passado. Ele respondia a crimes como homicídio, receptação e
posse ou porte ilegal de arma de fogo.
8 detentos foram autuados em flagrante pelo homicídio: Ítalo Bruno Lima,
Antônio Iairon Andrade de Sousa, Francisco Isaac da Silva Oliveira Caracas,
Lucas Matheus Cavalcante de Oliveira, Jonathan Lopes Duarte, José Carlos
Venâncio de Souza, Francisco Wilton Cosme Siqueira e Anderson da Silva
Santiago.
Ao serem interrogados na Delegacia Metropolitana de Itaitinga, da Polícia
Civil, os suspeitos preferiram se manter em silêncio. O processo criminal foi
encaminhado a uma Vara do Júri, da Justiça Estadual.
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