Polícia Militar diz que animal avançou contra agentes de segurança - Tutores do cachorro negam versão.
Policial mata cão pitbull durante abordagem em Fortaleza
Um incidente ocorrido no bairro Montese, em Fortaleza, resultou
na morte de um cachorro da raça pitbull, chamado Bolt, por disparos efetuados
por um policial militar. A ação aconteceu em 14 de janeiro e
foi denunciada como abuso de autoridade por parte dos policiais envolvidos.
De acordo com a Polícia
Militar, os disparos foram realizados como uma medida de segurança, após o
animal supostamente avançar sobre os agentes. Contudo, a versão apresentada
pela tutora de Bolt contradiz o relato oficial. Segundo ela, o animal não demonstrou
qualquer intenção de atacar, e o policial atirou imediatamente ao avistar o
cachorro.
Ela também relatou que um dos tiros por pouco não a atingiu e afirmou que seus
filhos, que estavam presentes durante a abordagem, ficaram traumatizados com a
cena.
A família, composta por um casal e crianças, estava na residência no momento em
que os policiais chegaram para atender a uma denúncia de tráfico de drogas no
local. Segundo os denunciantes, o homem do casal possui um antecedente por
tráfico de drogas em 2015, mas alega não ter mais envolvimento com atividades
criminosas.
Durante a abordagem, o cachorro foi
atingido por pelo menos quatro disparos em regiões vitais, morrendo no local.
O casal registrou boletim de ocorrência, classificando o ato como abuso de
autoridade. Eles também alegam ter sido ameaçados pelos policiais no momento do
ocorrido, que teriam advertido sobre consequências caso a denúncia fosse
adiante.
Desde o registro da ocorrência, a tutora relata que uma viatura tem circulado
pelas proximidades da casa todas as noites, em uma possível tentativa de
intimidação.
Repercussão e investigação - Entidades de proteção animal, como a Sociedade Protetora Ambiental do
Ceará e a ONG Anjos da Proteção Animal, emitiram notas de repúdio ao ocorrido.
Ambas destacaram a gravidade do caso e afirmaram que estão acompanhando os
desdobramentos legais.
Em resposta, a Polícia Militar declarou que uma investigação preliminar foi
aberta para apurar a conduta dos agentes. Além disso, a Controladoria Geral de
Disciplina confirmou que o caso também está sendo analisado em âmbito
administrativo.
A situação evidencia uma divisão entre as versões apresentadas pelos
envolvidos. Enquanto a família acusa os policiais de agirem com truculência e
desrespeito, a corporação sustenta que a ação foi necessária para garantir a
segurança de todos os presentes.
O caso segue em investigação e promete novos desdobramentos nos próximos dias.
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