Jovem havia saído de casa para buscar um cavalo quando tomou
um tiro de um policial que atendia uma ocorrência
Os policiais militares (PMs) Flávio Alves da Costa e Leon
Lawson Soares Ramos, acusados de matar com um tiro o
adolescente Pedro Kauã, de 15 anos
em novembro de 2023, vão a júri popular, segundo definiu a 1ª Vara de São
Gonçalo do Amarante, município da Grande de Fortaleza. Os agentes de segurança,
que estão presos desde abril de 2024 e devem permanecer recolhidos
preventivamente, também serão julgados por omissão de socorro. A data do
julgamento ainda será definida pelo Poder Judiciário.
Ainda foram pronunciados, ou seja, tiveram o júri popular confirmado pela
Justiça, os PMs Anastácio Warney Menezes Pedrosa e Vanderson Luiz Pinheiro
Alves, que também vão continuar presos. De acordo com o Tribunal de Justiça do
Estado do Ceará (TJCE), eles serão julgados pela tentativa de homicídio de
Carlos Vitor Soares de Sousa Lima, de 23 anos, alvo da operação policial que
culminou na morte do adolescente.
Os PMs Flávio e Leon vão a júri pelo homicídio e omissão de socorro do
adolescente Kauã, e por participação na tentativa de matar Carlos Vitor, e
ainda tortura contra uma terceira vítima. A dupla ainda é acusada de coação e
fraude processual.
Anastácio e Vanderson foram pronunciados por omissão de socorro relativo a
Pedro Kauã, por atentado contra a vida Carlos, por tortura e por coação de
testemunhas oculares.
RELEMBRE O CRIME - Conforme os documentos
da denúncia, os quatro PMs realizaram uma abordagem a um carro na CE-085 na
noite de 27 de novembro de 2023, quando encontram drogas na bolsa de uma mulher
e a pressionaram para a quem elas pertenciam. Ela deu o nome de Carlos Vitor, e
os agentes foram até a residência apontada.
Eles chegaram ao local e viram o adolescente Pedro Kauã correndo e
efetuaram os disparos, atingindo o jovem pelas costas. "Os militares
Flávio e Leon só teriam parado de atirar quando ouviram gritos da mãe da
vítima".
Depoimento apontam que Kauã correu para buscar seu cavalo, e a polícia
teria o confundido com o homem procurado.
Os policiais Vanderson e Anastácio teriam chegado em seguida e todos eles
tentaram matar o suspeito de tráfico, que sobreviveu. Nesse período, nenhum dos
PMs prestou socorro a Pedro Kauã.
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